Final da década de 80 e a Volkswagen sentia na Europa o crescimento do mercado de picapes médias. Como maior fabricante de veículos daquele continente, a marca precisava de uma picape quando ainda não existia a Amarok.
A solução imediata? Uma parceria com quem já tinha um bom projeto no mercado. A VW foi atrás da também gigante Toyota, que tinha interesse de ampliar sua participação na Europa. Nascia em 1988 a Volkswagen Taro, que nada mais era do que a Toyota Hilux com os logotipos da Volks. Esse tipo de operação é conhecido como “rebadge” na indústria automotiva, explicamos aqui.
Nessa época as únicas picapes na linha da Volks eram pequenas. A Saveiro, derivada do Gol, já existia no Brasil. Na Europa existia a VW Caddy, que era uma picape baseada no Golf.
Pelo acordo com a Toyota, a marca fabricava as picapes Hilux no Japão e mandava os veículos desmontados para a Volkswagen na Alemanha. A tarefa da VW era montar os veículos e colocar o seu logo e nome no produto.
Assim a Toyota e a Volkswagen tinham produtos semelhantes no mercado europeu. Com o mesmo motor Toyota, inclusive. A parceria durou até 1997.
A Volkswagen chegou a ensaiar a volta da Taro em 2008 e isso foi registrado pelo site Motor1. A ideia era resgatar a parceria com a Toyota para atender mercados emergentes, como o Brasil e a Argentina. Como sabemos atualmente, o projeto não foi para frente e a Volkswagen optou por desenvolver um outro produto que hoje chamamos de Amarok.
Fiat também teve picape japonesa
A história da Fiat é mais recente. A marca precisou de uma picape média para vender em alguns mercados, como no Paraguai, por exemplo. Também sem um projeto imediato, a marca recorreu à Mitsubishi e utilizou a L200 sob sua marca. A picape se chamou “Fullback” e ficou no mercado entre 2016 e 2019.
Nem a Hilux da Volkswagen, nem a L200 da Fiat foram vendidas no Brasil.