Uma das maiores estabilidades do mercado europeu de carros está perto de dar um passo atrás. A Volkswagen pretende demitir trabalhadores e fechar até duas fábricas em seu país de origem, a Alemanha.
O sindicato de trabalhadores da Alemanha tem orgulho de dizer que fechou um grande acordo no passado garantindo estabilidade no emprego. A montadora não corta vagas desde que o acordo entrou em vigor em 1994, e garantiu que vai ser assim até 2029.
O problema é que os ventos viraram e a montadora não é mais a mesma máquina de dar lucro. Primeiro veio a pandemia e seus desafios operacionais e agora, mais recentemente, a China – principalmente a BYD – entrou no circuito com força e deixou os alemães de cabelo em pé.
Em três anos, a VW perdeu um terço de seu valor de mercado, colocando em risco os empregos de seus quase 700 mil funcionários. Os que correm mais riscos são os empregados da montadora em Osnabrück e Dresden.
Para que o fechamento não ocorra, o plano de metas da Volks é economizar incríveis 10 bilhões de euros em custos até 2026. Caso ela falhe neste objetivo, o corte será inevitável.