Volkswagen dá a entender que carros elétricos terão vida curta

Empresa do grupo alemão deixou escapar que modelos elétricos terão suporte e atualizações limitadas.

Esqueça aquela imagem de um homem de meia idade lustrando a lataria de seu Opala 1978 num domingo de manhã. Ou aquele encontro de antigos organizado por clubes de Fusca, Chevette ou Gol quadrado. Num futuro pessimista, ninguém terá carro com mais de 15 anos de uso. A Volkswagen deu a entender que todos os carros elétricos terão vida curta.

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carros elétricos terão vida curta
Ferro retorcido: carro a combustão pode durar décadas. Mas e os elétricos?

A informação veio da Cariad, a divisão de software do grupo alemão. A empresa trabalha para implantar o Android OS em modelos futuros da montadora. E é justamente a chegada de muita tecnologia que encurtará a vida útil dos carros do futuro.

Com tanto software para administrar, os carros elétricos terão suporte técnico limitado. A Cariad acredita que serão 10 anos para software e 15 anos para hardware. Significa que se a montadora lançar uma atualização de seus sistemas o motorista que passar deste prazo não será contemplado.

Será como ter um celular antigo, que já não recebe atualizações de Android ou de IOS. Com o tempo, o celular fica lento e eventualmente morre, nos forçando a adquirir um novo. Com os carros a tendência será acontecer a mesma coisa. E levando em conta que tecnologia avança muito rápido, é provável que em poucos anos de uso você queira trocar de carro, assim como deseja trocar de celular.



Vamos jogar o carro no lixo?

Não exatamente. O carro ficará obsoleto, mas não irá para o lixo. Como tudo na vida, é provável que exista um jeitinho. A tendência é que surjam empresas especializadas em carros elétricos antigos e que ajudem a dar uma sobrevida.

carros elétricos terão vida curta
O carro ganha cada vez mais tecnologia. Mas isso pode justamente ser o problema

Muito provavelmente, estas empresas assumirão as atualizações e darão suporte aos carros, de uma forma mais genérica. Poderão oferecer kits de sobrevida, como troca de hardware e software necessários para a atualização, sem mexer em outros itens do dia a dia do carro, que terão duração parecida com os de hoje.

A tendência, no entanto, é uma desvalorização para quem ganhar a sobrevida. Futuramente, o mercado de carros usados será dividido em modelos com suporte de fábrica e modelos sem garantia, operados por suportadores genéricos, quase piratas. Haverá um certo abismo entre as duas modalidades.

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O consumo de carro terá essa virada de chave. Os cliente certamente levarão em conta a contagem de tempo de suporte. Um veículo anunciado poderá vir com a indicação do tempo de vida útil. Exemplo: “VW ID.4 com pneus novos e 5 anos de suporte de fábrica”. Ou “Nissan Leaf raridade, pouco rodado, com 9 anos de suporte”. E assim por diante.

É claro que se o mercado torcer muito o nariz as montadoras poderão rever o tempo de garantia e suporte. A tendência é que o próprio mercado crie seus mecanismos de sobrevivência a longo prazo.

Outro item importante a se levar em conta é a vida útil de baterias. Os carros elétricos irão demandar manutenções não vistas hoje. Se por um lado os motoristas não se preocuparão em trocar óleo, eles vão ter que ficar de olho em itens como as células da bateria.

No futuro iremos jogar nossos carros elétricos no lixo? Os carros elétricos terão vida curta?

Elas já foram mais caras, mas, hoje em dia, uma troca de baterias pode custar mais de 10 mil dólares. De olho nisso, a Tesla pretende criar módulos de manutenção da bateria para evitar uma troca completa.

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