Dados divulgados hoje pela Anfavea – a associação das montadoras – aponta que o país nunca vendeu tantos carros elétricos em um único mês como em setembro de 2022. Foram 1.408 vendas diretas só de elétricos. O melhor mês até então tinha sido em junho deste ano, com 1.087 licenciamentos.
As vendas de elétricos tomaram uma proporção, a ponto de a Anfavea os separá-los dos híbridos durante a divulgação dos dados. Falando em híbridos, eles também tiveram o melhor mês da história, com 4.980 vendas.
Apesar do bom retrospecto, os dois segmentos ainda engatinham no mercado nacional. Os emplacamentos de elétricos representaram apenas 0,8% de todas as comercializações e as de híbridos, 2,8%. Ou seja, 96,4% de todas as vendas de carros no país são de modelos puramente movidos a combustão.
Na China, por exemplo, ‘apenas’ 74% das vendas são de modelos a combustão. Os 26% de elétricos e híbridos já são o dobro do verificado em 2021, num país em que tudo caminha rapidamente. Na Europa, os eletrificados representam 10% do mercado.
Ainda assim, é de se admirar a vontade do brasileiro em ter um modelo 100% elétrico. Sem nenhuma incentivo governamental, os modelos são pouco variados e caros, há poucos postos de abastecimento e o ônus é inteiro de quem quer ter na garagem uma alternativa aos combustíveis fósseis.