Com chegada polêmica em 2012, modelo sai de cena depois de vender até que bem no Brasil.
Agora é oficial e tem data. Toyota anunciou o fim do Etios para abril. A medida vale tanto para a versão hatch quanto para a sedã. A produção, no entanto, será mantida para atender países como Argentina, Peru, Paraguai e Uruguai, que manterão o modelo no portfólio de vendas.
A decisão é estratégica. O fim da produção do Etios é para abrir espaço na linha de montagem em Sorocaba/SP para a chegada do Corolla Cross, que será lançado em 11 de março. “Temos o compromisso de fortalecer continuamente nossas operações, ao mesmo tempo em que há a necessidade de equalizar volumes. Decidimos, estrategicamente, focar a produção para ganhar força de oferta neste novo modelo, mas sem abrir mão da importante missão que o Etios possui na América Latina”, disse Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
Ainda no anúncio, a montadora japonesa garantiu que manterá a reposição de peças e os serviços de revisão do Etios na rede de concessionárias. Por lei, ela tem que fazer isso.
Fim do Etios: menos opções baratas
Conforme o Turboway analisou recentemente, cada vez será mais difícil encontrar modelos pequenos no mercado. Há uma tendência pela ‘suverização’ do portfólio nacional. A Nissan, por exemplo, tirou de linha o pequeno March para futuramente trazer o SUV Magnite no seu lugar. A Toyota parece ir pelo mesmo caminho, trocando Etios por Corolla Cross. Agora, o menor modelo oferecido pela montadora é o Yaris, que custa a partir de R$ 69.790.
Etios: polêmica à primeira vista, até que vendeu
O Etios chegou ao mercado nacional em 2012 causando polêmica pelo design. Por fora, curvas duvidosas. E na cabine a ruim sensação do painel centralizado – uma clara economia, já que o carro veio da Índia, que utiliza mão inglesa e, teoricamente, painel invertido. Teoricamente… Mas se o design atrapalhava, a ‘mecânica Toyota’ salvava o modelo.
Neste oito anos, e um facelift de meia vida que melhorou o design, a Toyota vendeu 620 mil unidades do Etios. 180 mil foram para exportação a países vizinhos, que ainda vão contar com ele por um tempo.
