De tempos em tempos, vídeos de um Tesla mostrando “pessoas” em um cemitério vazio viraliza. A última vez que o vídeo circulou foi no Dia de Finados. Mas será mesmo que o Tesla detecta fantasmas em cemitério?
O vídeo foi feito por um TikToker e circula nas redes sociais, pelo menos, desde 2021. Ele dirigiu um modelo por uma rua dentro do cemitério de Taft, na Califórnia e, para surpresa dele e de todos, a tela central, que faz leituras do ambiente, passou a detectar “pessoas”. O motorista gravou tudo com o celular, mostrando que não havia ninguém em volta – pelo menos de forma clara. Já são 23 milhões de visualizações no vídeo original.
Já mostramos que os veículos da Tesla fazem alguma confusão na hora de detectar veículos, pessoas e animais ao redor, e que Elon Musk prometeu um software que conseguirá fazer uma leitura precisa.
O sistema usa detectores de ambiente, que convertem o que o carro está “vendo” em itens na tela. Funciona com bastante precisão com carros e caminhões, e ajuda o motorista a tomar decisões. É um passo, também, para as viagens autônomas, já que as imagens geradas acabam sendo interpretadas pela inteligência artificial do modelo.
É justamente a maneira que foi programado o software que explica o surgimento de “fantasmas”. Com uso de câmeras e radares, o carro faz uma leitura de objetos e os converte em imagens.
A cena em questão possui muita informação para o software. São lápides, flores e outros objetos rasteiros, que não foram programados ainda para leitura do software. Como o carro percebe que há algum objeto, ele trata de desenhá-lo. E como não há o desenho de um cemitério na memória, ele passa a usar elementos parecidos em seu banco de imagens – ou o mais próximo do que conseguem.
Apesar de já rodarem em grande número, os modelos da Tesla ainda estão em evolução. A própria tecnologia de direção autônoma tem um grande caminho a percorrer até ficar confiável. Diversos modelos da Tesla já causaram acidentes mortais em estradas americanas. O erro de leitura em cemitérios é o menor dos problemas.