Segue o drama dos táxis autônomos, aqueles veículos de transporte de passageiros pilotados sem a presença de condutores humanos. Permitidos em algumas poucas cidades dos Estados Unidos, eles ainda não conseguiram a credibilidade suficiente para se espalharem pelo mundo. A notícia mais recente mostra o motivo.
Foi em Austin, capital do Texas, dia 17 de fevereiro, mas o caso só ganhou proporções agora. Um veículo da Cruise acabou entrando na contramão, na maior cara de pau, causando um grande susto para quem dirigia normalmente pela Red River, uma das maiores avenidas da cidade. Avançando em meio ao tráego, o carro autônomo só parou quando uma viatura da polícia acabou com a festa.
No ano passado, em San Francisco, uma série de táxis da Cruise causou problemas nas ruas. Eles simplesmente paravam de funcionar do nada, fechando as pistas para o tráfego, numa espécie de rebelião das máquinas de baixa adesão. E como não fica ninguém no veículo, foi difícil retirar os carros da passagem. O problema começou logo depois que a empresa foi autorizada a cobrar pelas viagens.
Táxis autônomos: futuro que ainda não chegou
Os táxis autônomos da Cruise, uma subsidiária da General Motors, têm sido uma das principais apostas da indústria automobilística para o futuro da mobilidade urbana. A ideia é que esses veículos possam circular sem motorista, proporcionando uma forma mais segura e eficiente de transporte.
No entanto, a trajetória dos táxis autônomos da Cruise não tem sido fácil. Desde a fundação da empresa em 2013, ela enfrentou uma série de desafios e dificuldades na implantação desses veículos nas ruas.
Uma das principais barreiras é a legislação. Em muitos países, ainda não há regulamentação específica para veículos autônomos, o que torna difícil a sua implantação em larga escala. Pra piorar, falta confiança, como vimos em Austin e San Francisco.
Outro desafio é a aceitação do público. Muitas pessoas ainda têm receio de utilizar um veículo autônomo, principalmente pela falta de confiança na tecnologia. Isso pode dificultar a adoção em massa dos táxis autônomos da Cruise.
Apesar desses obstáculos, a Cruise tem trabalhado para superar essas dificuldades. A empresa já realizou testes com esses veículos em diversas cidades dos Estados Unidos, como São Francisco e Phoenix, e tem investido pesado em tecnologia para melhorar a segurança e a eficiência dos táxis autônomos.
A Cruise também tem feito parcerias com outras empresas para acelerar a implantação dos seus veículos. Em 2020, por exemplo, a empresa fechou uma parceria com a Uber para utilizar os táxis autônomos da Cruise na plataforma da Uber.
Apesar das dificuldades, a aposta nos táxis autônomos da Cruise é promissora, com potencial bilionário. Assim que forem vencidas as penosas etapas de implantação, as empresas pioneiras tendem a colher os frutos. Ainda não se sabe quando esse período de implantação plena durará. Pelo visto, não termina tão cedo.