Tarifaço de Trump: Veja 25 modelos vendidos nos EUA que são fabricados no México e no Canadá

Estados Unidos iniciou taxação dos produtos feitos no exterior e isso vai afetar diretamente o setor. México e Canadá são grandes fornecedores automotivos dos Estados Unidos

O México é um dos países que mais envia carros novos para o mercado automotivo dos Estados Unidos. Mais de 20% dos novos carros que estão nas lojas do país são montados no México, que foi tarifado em 25%. A ideia de Trump é priorizar os fabricantes nacionais, porém mesmo os veículos nacionais serão afetados, já que boa parte das peças são fabricadas nos vizinhos México e Canadá, que também foi tarifado em 25%.

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Abaixo listamos quais são os 25 carros diretamente impactados com a medida e que vão ficar mais caro para os americanos. Começando pelos mexicanos que atravessam a fronteira:

Chevrolet Silverado, Ford Maverick, Ford Bronco Sport, Ford Mustang Mach-E, Audi Q5, BMW 2-Series, BMW 3-Series, Chevrolet Equinox, Chevrolet Equinox EV, GMC Terrain, RAM 1500 (também é fabricada nos EUA), RAM 2500, Volkswagen Jetta, Volkswagen Taos, Volkswagen Tiguan, Honda Fit, Honda HR-V.

Chevrolet Silverado: a picape é feita no México e também no Canadá. O modelo também é vendido no Brasil (foto: Chevrolet/divulgação)

E os que são feitos no Canadá:

Chevrolet Equinox EV, Honda CR-V, Toyota RAV4, Lexus NX, Lexus RX, Chrysler Pacifica, Chrysler Voyager, Dodge Charger, Chevrolet Silverado (também feita no México e nos Estados Unidos), Ford Mustang GTD (o veículo é enviado para os Estados Unidos e terminado por lá).

Chrysler Voyager é fabricada pela Stellantis no Canadá (foto: Chrysler/divulgação)

Tem ainda os modelos feitos na China exclusivamente para o mercado norte-americano:

Buick Envision (fabricado pela SAIC em parceria com a GM), Lincoln Nautilus (fabricado pela Changan em parceira com a Ford), Polestar 1 e Polestar 2.

Tarifaço vai pressionar mercado brasileiro

O Brasil não exporta veículos para o México, apenas peças, derivados de petróleo e outros componentes utilizados em veículos. Com o tarifaço de Donald Trump os produtos chineses, mexicanos, canadenses e europeus vão encontrar dificuldades para ter um preço competitivo nos Estados Unidos. Isso deve fazer com que as indústrias destes países procurem clientes em outros países. Aí está o problema.

A entrada de importados no mercado brasileiro não é proibida, mas aqui também há uma tarifa alta. Para os chineses e os mexicanos as barreiras são menores. Os chineses têm a vantagem do preço baixo da mão de obra e conseguem ainda assim colocar produtos com preços competitivos por aqui. Já os mexicanos se valem de um acordo com o Mercosul e podem vender carros para o Brasil e Argentina com taxas menores.

Ainda que seja impossível que estes produtos cheguem ao Brasil para pressionar os veículos mais baratos produzidos aqui, são os produtos intermediários que podem ser atingidos em cheio com essa concorrência – aqueles que hoje custam entre R$ 160 mil e R$ 300 mil.

A Anfavea, a associação que reúne a indústria automotiva nacional, vem pressionando o governo brasileiro para antecipar taxas cheias que seriam aplicadas apenas no próximo ano aos produtos elétricos. A ação da Anfavea nada tem a ver com as novas tarifas de Trump, mas com a invasão de produtos chineses por aqui. Agora essa pressão da Anfavea ganha ainda mais sentido. Aguardemos os próximos passos do Brasil neste tabuleiro.

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