A Ford tem hoje em sua linha a picape Maverick. Mas ela faz jus ao clássico “Maverick”, que já foi o nome de um cupê muito conhecido no século passado no Brasil?
Reaproveitar nomes para modelos não é algo inédito, relembramos abaixo 7 carros que tiveram o nome reaproveitado em modelos totalmente diferentes. Deixamos de fora da lista modelos que foram modernizados e que remetem aos carros antigos, como por exemplo o Fiat 500.
Ford Maverick
Em 1970 a Ford tinha uma linha de carros no Brasil que era praticamente de projetos alheios. A empresa adquiriu a Willys no Brasil e incorporou os projetos da empresa. Foi em 1973 que o Maverick chegou como legítimo Ford para substituir o “Aero Willys”.
O carro ficou poucos anos no mercado e teve 108 mil unidades produzidas, mas deixou vários apaixonados pelo modelo. Apaixonados estes que talvez nem se acostumarão ao nome do clássico sendo reutilizado por uma picape que muitos descrevem como “a Toro da Ford”. Que fase!
Mitsubishi Eclipse
Nos anos 90 o Mitsubishi Eclipse era sinônimo de carro esportivo e muito desejado entre o público jovem (só desejado, já que o preço não era acessível mesmo). O carro era importado do Japão e depois dos Estados Unidos. Com o passar dos anos e a evolução dos esportivos concorrentes o Eclipse foi virando mais do mesmo até desaparecer em 2011.
Até que em 2017 surgiu um “novo Eclipse” que é o que existe hoje nas concessionárias. O Eclipse atual é chamado “Eclipse Cross” e é um SUV fabricado em Goiás.
Volkswagen Fox
Entre 1987 e 1993 o Voyage foi exportado para os Estados Unidos com o nome de “Volkswagen Fox”. O nome só voltou a ser utilizado em 2004 no atual Fox que conhecemos, desta vez sem exportação para os Estados Unidos.
Ford Courier
O reaproveitamento de nomes tem antecedentes na marca norte-americana. A Ford já usou o nome “Courier” em três modelos distintos. O primeiro carro chamado Courier foi lançado em 1952 e era um veículo de carga ainda nos padrões dos clássicos Fords e foi vendido até 1960.
Depois a Ford aproveitou uma parceria com a japonesa Mazda para lançar uma picape média (nos moldes da Maverick) que ficou no mercado americano entre 1972 e 2007.
A Courier americana não chegou a encontrar a Courier brasileira porque eram vendidas em mercados diferentes. A picape que ficou conhecida no Brasil, e aqui era baseada no Fiesta, apareceu pela primeira vez na Europa, em 1991. No Brasil ela ficou em produção entre 1998 e 2013 e o modelo daqui era exportado para o México.
Chevrolet Cobalt
O Cobalt foi um sedã vendido nos Estados Unidos entre 2004 e 2010. O Cobalt norte-americano foi o antecessor do Cruze e não tinha nada a ver com o Cobalt vendido aqui.
Fiat Strada
Era 1978 quando a Fiat lançava no mercado brasileiro sua criação: o Fiat 147 picape, depois chamado de Fiorino. No mesmo ano, a mesma Fiat lançava no mercado inglês o Fiat Strada.
Só que o Fiat Strada inglês não era picape e tampouco tem qualquer relação com o veículo que hoje lidera as vendas do segmento no Brasil. O Fiat Strada vendido na Inglaterra era na verdade o Fiat Ritmo italiano que foi construído para concorrer com Ford Escort, Volkswagen Golf e Opel Kadett. A Fiat rebatizou o carro para o mercado inglês para se adaptar ao idioma.
O Fiat Strada inglês foi aposentado ainda nos anos 80. Em 1998 o nome foi retomado pela Fiat no Brasil para lançar a “picape do Palio”. O Palio, que serviu de inspiração, já se foi e a Strada se tornou um projeto líder de vendas da marca italiana.
Chevrolet Monza
O Monza ao longo do tempo vive uma crise de identidade. O nome apareceu primeiro nos Estados Unidos com o carro que foi fabricado entre 1974 e 1980 (foto abaixo). No Brasil ele foi fabricado entre 1982 e 1989 e virou um carro muito conhecido na categoria luxo.
Já em 2019 o Monza foi apresentado na China como um projeto em conjunto da Chevrolet com a chinesa Saic. O Monza chinês é um projeto totalmente novo e que agora começará a ser exportado para outros mercados. O Monza chinês já está chegando no México, onde será vendido como Chevrolet Cavalier.