Fim de ano e férias de janeiro são momentos em que muitas pessoas decidem pegar a estrada para curtir a folga. Tem quem faça as revisões em dia e tem quem só leve o carro ao mecânico quando uma luz no painel acende ou coisa do tipo. Para este último grupo, as chances de ficar na estrada são bem maiores. Fazer a revisão do carro antes de viajar é fundamentel, mas também pode ser caro para muita gente. Reunimos aqui dicas para ao mesmo tempo manter o carro em dia e economizando no bolso.
Em cidades como São Paulo, onde o custo de vida é maior, uma revisão básica de um carro popular pode custar R$ 1.500, contando com a troca das peças e a mão de obra. É mais que um salário mínimo só para deixar o carro em dia. Mas dá para gastar menos.
A primeira dica é ir no mecânico de confiança. Levar o carro numa oficina onde não se é cliente cria a possibilidade de se gastar a mais. Existem comerciantes que aproveitam para vender mais serviços do que o necessário, de olho num lucro único, de um cliente que não voltará mais. Não é algo irregular, já que os serviços serão prestados, mas a chance de se trocar uma peça antes do tempo são grandes, o que não é interessante para quem está buscando economia.
A segunda dica é ter o hábito de fazer as revisões no prazo. Quem troca o óleo a cada 10 mil quilômetros, troca a correia dentada a cada 40 ou 50 mil quilômetros, a depender do modelo, vai evitar que se faça todas as trocas numa única parada no mecânico. Se o cliente fizer as trocas no prazo, ele tem boas chances de não gastar tudo de uma vez, reservando a revisão para itens que possuem prazo variável de desgaste, a depender do modo de condução.
Um exemplo de peça com prazo indeterminado para troca é a palheta do limpador de para-brisas. É comum a peça ser trocada na revisão do carro antes de viajar, uma vez que essas viagens costumam ocorrer no fim do ano, época chuvosa em boa parte do país. É na chuva que 99% dos motoristas percebem que a palheta está mais riscando o vidro do que o limpando.
É no verão, também, que se costuma lembrar de trocar filtros e higienizar o ar-condionado do carro. Fazer a revisão antes, ainda na primavera, por exemplo, evita o gasto acumulado no fim do ano, além de evitar um excesso de clientes procurando pelo mesmo seviço ao mesmo tempo. Em épocas mais frias é possível conseguir uma promoção em oficinas especializadas, já que as vendas são menores.
Fazer as revisões no prazo de 10 mil quilômetros ajudam a economizar uma boa grana em peças. É que ao deixar as peças de maior desgaste sempre em dia as chances de outras peças quebrarem ficam menores. Por exemplo, um filtro de ar sujo por muito tempo começa a desgastar peças importantes e caras no motor. O motor ficará sobrecarregado, além de gastar mais gasolina para fazer o mesmo percurso de antes.
Por fim, faça a revisão caseira. De tempos em tempos – uma vez por semana, uma vez a cada suas semanas, não importa a peridiocidade – abra o capô e olhe você mesmo alguns itens com o carro ainda frio. Verifique a vareta do óleo, cheque o reservatório do líquido de arrefecimento e não deixe nada passar. Ao menor sinal que algo não está bem, vá até a oficina e coloque tudo em dia. A última dica é evitar checar o nível do óleo e da água no posto de combustíveis, já que o motor quente poderá dar uma falsa impressão da verdade.