A Petrobras anunciou nesta terça-feira uma redução de preços no litro da gasolina, a ter impacto a partir desta quarta-feira (17). A queda anunciada foi de 12,6%, o que significa 40 centavos a menos a cada litro na distribuidoras. Como sabemos, os valores nas distribuidoras não necessariamente são os mesmos ao consumidor final. Mas então quanto vai custar a gasolina? Vamos explicar abaixo.
Quando o preço da gasolina é reduzido nas refinarias, é importante compreender que essa diminuição não é repassada imediatamente nem na mesma proporção aos consumidores nas bombas de combustível. Vários fatores contribuem para essa diferença no repasse de preços, que envolvem aspectos econômicos e logísticos.
Em primeiro lugar, é necessário considerar a estrutura de custos envolvida na comercialização da gasolina. Além do preço do combustível propriamente dito, existem impostos, margens de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível, além de custos com transporte e armazenamento. Esses elementos influenciam o preço final que o consumidor paga pelo produto.
Em segundo lugar, o mercado de combustíveis é altamente competitivo e sujeito a flutuações constantes de preço. Os postos de gasolina costumam seguir uma lógica de lucro, e, portanto, não necessariamente repassam integralmente a redução do preço da gasolina para os consumidores. Em muitos casos, os postos preferem manter margens de lucro maiores para compensar eventuais aumentos de preço no futuro.
Outro ponto relevante é a frequência com que os postos de combustível atualizam seus preços. Em muitos casos, os estabelecimentos só alteram os valores nas bombas de forma periódica, em vez de acompanhar todas as oscilações diárias do mercado. Isso significa que uma redução no preço da gasolina pode demorar um tempo até ser refletida nas bombas.
Além disso, existem aspectos logísticos a serem considerados. O transporte do combustível das refinarias até os postos de gasolina envolve custos e prazos que também afetam o repasse imediato da redução de preços. Dependendo da localização geográfica do posto, pode haver a necessidade de importação ou transporte por longas distâncias, o que influencia diretamente nos custos e no tempo para que o novo preço seja praticado.
Tá, mas quanto vai custar a gasolina?
Na melhor das hipóteses, 30 centavos a menos. Isso porque além do que explicamos acima há outros fatores, que explicaremos abaixo.
O valor de 40 centavos a menos anunciado pelo governo se refere à gasolina A, ou seja, a mais pura. O que chega ao consumidor é a gasolina C, que leva uma porcentagem de etanol, este com valor inalterado hoje. Também entram na conta a cobrança de impostos e a taxa de revenda dos postos.
Portanto, ao calcular o preço final da gasolina para o consumidor, é necessário considerar não apenas os custos da refinaria e do transporte, mas também os impostos e as margens de lucro dos postos de combustível. Esses fatores adicionais têm impacto na diferença entre o preço nas refinarias e o preço que o consumidor paga ao abastecer o veículo.
A última pergunta que o consumidor deve estara se fazendo: quando a gasolina irá baixar de preços? Estar resposta varia. Como falamos, irá depender do estoque de cada posto, da facilidade deles em receber novas encomendas de gasolina e, principalmente, da vontade do dono do posto em baixar os valores. O que é certeza: não abasteça seu carro nem hoje nem amanhã. Espere ao máximo pelo novo preço.