As montadoras ganharam mais uma preocupação para manter a produção em dia. Por causa do fechamento de rodovias por grupos bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, a Toyota suspendeu a produção nas plantas de Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz, todas em São Paulo. Sem conseguir receber peças nem escoar a produção de veículos prontos, a montadora decidiu pelo fechamento da linha. A paralisação começou na terça-feira (1) e deve se estender até esta quinta (3), pelo menos.
É mais um impacto para a montadora, que, como todas as outras, teve dificuldades na pandemia em manter a produção no nível necessário por falta de peças, principalmente semicondutores. E, com a alta do dólar, acabou subindo preços de forma exorbitante.
As três fábricas fechadas são responsáveis por toda a produção em solo nacional, como o Corolla (Indaiatuba); o Etios (apenas exportação), o Yaris e o Corolla Cross (Sorocaba). Já a planta de Porto Feliz produz motores, tanto para o mercado nacional quanto para exportação. As três fábricas possuem, juntas, cerca de 5,5 mil trabalhadores.
A única fábrica que manteve as atividades foi a de São Bernardo do Campo, também em São Paulo, com 580 funcionários. Além de ser a sede administrativa da Toyota, a unidade produz componentes que abastecem a fábrica de motores em Porto Feliz, que servem aos modelos Etios, Yaris e Corolla, além de exportar peças para os EUA, para montagem do motor do sedã Camry.
A empresa divulgou a seguinte nota à imprensa: “A Toyota do Brasil informa que realizou a suspensão temporária de produção desde 1/12 (terça-feira), nas plantas de Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz, todas localizadas no Estado de São Paulo. O motivo foi a paralisação de rodovias em diversas partes do Brasil, o que impacta a operação logística de entrega de peças e despacho de veículos. A empresa está monitorando a situação a todo o momento para checar a viabilidade de voltar à operação no menor espaço de tempo possível, o que nesse momento significa dia 3/12 (quinta-feira). A unidade de São Bernardo do Campo permanece com suas atividades normais.”