A Renault abriu a pré-venda do Kwid E-Tech, veículo que chega para roubar o título de 100% elétrico mais barato do Brasil. O preço, no entanto, é para poucos: R$ 143 mil, praticamente o mesmo desembolsado para se ter um VW T-Cross Comfortline, ou um GM Tracker Premier, ambos a combustão.
Até então, o elétrico mais barato do Brasil era o JAC E-JS1, que já chegou à casa dos R$ 165 mil. A própria Renault sabe que seu modelo será adquirido por poucos nichos. “O público ‘early adopter’, pessoas que buscam experimentar primeiro as inovações tecnológicas; a família, que busca alternativas para o dia a dia e que geralmente tem o SUV como segundo carro na garagem; e o terceiro perfil de cliente é o corporativo. A classe média ainda não teve acesso à mobilidade elétrica”, admite Charles Courtois, chefe de marketing da Renault no Brasil.
Na comparação direta, a versão elétrica custa mais que o dobro da a combustão: R$ 143 mil x R$ 60 mil pelo subcompacto de entrada.
Quem comprar o modelo agora, receberá em agosto. Além da pré-venda, o Kwid elétrico poderá ser alugado pelo Renault On Demand, serviço de assinatura da montadora. O preço mensal não foi revelado.
Como é o Kwid elétrico
O Kwid E-Tech chega importado da China. Ele vem com motor elétrico que entrega 65 cavalos e torque que permite aceleração de 0 a 100 em apenas 4,1 segundos. O modelo terá autonomia de 265 km em ciclo misto e 298 em ciclo urbano. A garantia das baterias é de 8 anos.
Entre os itens de série, há controles de tração e estabilidade com assistente de partida em rampa, seis airbags, câmera de ré, sensores traseiros de estacionamento, monitoramento da pressão dos pneus, ar-condicionado, central multimídia e direção elétrica.
Ele também vem com frenagem regenerativa, que recupera energia a cada vez que se deixa de exercer pressão sobre o pedal do acelerador e, também, quando freia.
Segundo a Renault, o custo por km rodado é de R$ 0,06, contra R$ 0,48 do Kwid a combustão, considerando a gasolina com preço médio de R$ 7,30 por litro.
A recarga pode ser feita em uma tomada comum, em Wallbox de corrente alternada (AC) de 7 kW e em carregadores de corrente contínua (DC).