É o segundo reajuste feito pela Petrobras desde a posse do novo presidente, nomeado para frear a alta dos combustíveis.
O preço da gasolina voltou a subir nesta quinta-feira. A alta de 3,3% nas refinarias deve refletir nas bombas. Desta vez o diesel foi poupado e segue sem alterações. É o segundo reajuste da gasolina anunciado pela Petrobras na gestão do general Joaquim Silva e Luna, empossado em abril após críticas do presidente Bolsonaro quanto às frequentes altas do antecessor, o civil Roberto Castello Branco.
O valor do litro de gasolina passa de R$ 2,69 para R$ 2,78 nas refinarias. A alta de 9 centavos pode ser ainda maior nas bombas, já que a gasolina percorre um grande caminho até chegar aos postos. Na alta anterior, em julho, o preço do litro já havia subido de R$ 2,53 para R$ 2,69. Em janeiro, o litro custava R$ 1,84.
Segundo a Petrobras, “os preços da companhia buscam o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.
A demanda por combustíveis tem aumentado com o gradativo avanço da vacinação pelo mundo e o preço do barril chegou à marca de US$ 70. Na virada do ano, ele custava cerca de US$ 50, acumulando alta de 40% até aqui. A alta de 51% na gasolina é, portanto, maior do que o preço internacional.
A inflação dos combustíveis, que atingiram valores recordes em 2021, tem impactado a popularidade do presidente, que já cortou impostos federais sobre diesel e gás de cozinha, mas sem resultados no preço final dos produtos. É esperar para ver até onde vai a paciência do brasileiro.