Num movimento muito parecido com o ocorrido com o Volkswagen Up, o Fiat Uno agora é vendido em apenas uma versão. Assim como o pequeno da Volks, que saiu de linha meses depois do enxugamento, o Uno está se despedindo do país.
Não chega a ser nenhum segredo, já que ninguém esconde que o Uno está com os dias contados, após 37 anos no mercado. Com projeto envelhecido em linha e sem substitutos entre os vários lançamentos previstos pela Fiat, o Uno deve ser mais uma vítima da SUVização do mercado brasileiro.
Agora, quem ainda quiser comprar um Fiat Uno zero terá como única opção disponível a Attractive 1.0, que vem com motor quatro cilindros de 75 cavalos. Já saíram de cena do site da montadora as versões Drive e Way 1.0 e Way 1.3.
Por R$ 57.995, o ‘último Uno’ tem ainda dois opcionais de fábrica: Kit Visibilidade II, que adiciona regulagem de altura ao volante e limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, por R$ 877, e também Predisposição para som, por R$ 1.022.
Vendas em queda
Faz tempo que o Uno deixou de ser um carro bem quisto no mercado. Ele vem perdendo fôlego nas vendas e fechou 2020 na 29ª posição entre os mais comercializados do país. Este ano ele até subiu no ranking, mas mais pelas incertezas da pandemia e pela paralisação forçada dos rivais, pela falta de semicondutores, do que por um mérito próprio.
Além do Uno, podem sair de linha o Grand Siena e o Doblò, veículos que também sofreram enxugamento de versões, sendo ofertados em duas opções cada um. Eles devem engrossar a lista dos carros que se despedem em 2021, que vai de Toyota Etios a Chevrolet Montana.
A Fiat tem outras prioridades
Se o Uno deixou de ser uma prioridade, outros modelos vão bem na Fiat. Até o meio de maio, o Argo se tornou líder de vendas no país, logo à frente da Strada. Para apimentar ainda mais a disputa, a montadora fez uma promoção da versão 1.0 do hatch, que está custando até R$ 5 mil a menos do que o normal.
A Fiat parece ser menos afetada do que as rivais com a falta de peças no mercado.