Lançado pela Stellantis como um produto a parte da linha Fiat, o Abarth Pulse marca a estreia da Abarth no Brasil, que é uma marca conhecida na Europa por apimentar carros da Fiat. Neste texto falo um pouco do que representa este lançamento e destaco mais abaixo comentários de internautas estrangeiros sobre o novo carro.
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– O que os gringos acharam do Fiat Fastback?
Contamos aqui a história da Abarth. Além da marca ter identidade própria (é representada por um escorpião), a Abarth tem uma proposta diferenciada da Fiat. É como um clube de donos de carros que privilegiam a performance.
Na Europa quem compra um carro da Abarth recebe um cartão e acesso a uma área especial no site da montadora, inclusive com convite para eventos. No site brasileiro da Abarth não existe uma área exclusiva como essa.
Enquanto na Europa a Abarth apimenta o Fiat 500 e o Fiat 500e, no Brasil a Abarth estreou apimentando o Pulse, que é um projeto tocado pela Fiat nacional. Ou seja, é um projeto inédito e que deverá chegar apenas aos países vizinhos. Os europeus não deverão ver o Abarth Pulse.
Comentários dos gringos
Fui atrás dos comentários nos sites que apresentaram o Abarth Pulse ao resto do mundo. As opiniões são bem divididas.
No Carscoops, que tem um público bem diversificado de língua inglesa, houve elogio para o desempenho. O motor 1.3 turbo desenvolve até 185cv de potência. Porém esse motor não é algo novo para eles. A Stellantis já equipa alguns de seus veículos na Europa com ele.
Um outro usuário do site compara o Pulse como uma versão barata do Alfa Romeo Tonale, lançado recentemente na Europa. Ele completa dizendo que colocar um produto assim com a marca Abarth pode dar muito errado.
Críticas à Fiat também não faltam nestes tópicos e isso não tem tanto a ver com o produto em si, mas ao posicionamento da marca na Europa. É que os italianos têm uma bronca pelo fato de a montadora não lançar produtos novos por lá há muito tempo e enquanto isso lançar várias novidades no Brasil. Esse tipo de comentário já apareceu quando procuramos o que os gringos diziam sobre o Fastback, outro projeto exclusivo da Fiat brasileira.
Esses questionamentos à Fiat são mais frequentes no site italiano especializado “Alvolante“. No entanto nem todos gostariam de ver o Pulse por lá. “É lindo, parabéns. Que venda apenas no Brasil, por favor. Aqui ele não é necessário”, ironiza um internauta que comenta sob o nick “Volpe bianca” (ou raposa branca, na tradução).
A avaliação do site sobre o carro é positiva, tratando o Pulse como uma boa surpresa no time da Fiat, mas ressalto que todos os comentários reproduzidos neste texto são de pessoas que só viram o carro em fotos.
Um dos motivos dos carros desenvolvidos no Brasil não irem para a Europa é que as normas de segurança de lá são muito mais rígidas. Então os modelos precisariam passar por muitos testes e adaptações. Essa dúvida vem quando um comentarista fala do interior parecer simples e resume que a Fiat poderia levar estes produtos brasileiros para concorrer com a Dacia, que é a marca de produtos mais acessíveis da Renault.
Outro comentário em destaque é que o produto não estaria a altura da Abarth. Na resposta um outro usuário minimiza: “mas já colocaram a marca até no Punto”. É verdade, e ela foi vendida no Brasil como uma versão esportiva da linha Fiat.
O Pulse também é comparado ao MG ZS, da marca inglesa inglesa MG, que foi comprada por um grupo chinês.
Por fim, um questionamento muda o rumo da prosa: “por que não fizeram até agora uma versão Abarth do Tipo?”. Faz todo o sentido, o Tipo que é um carro muito bem construído, vendido na Europa e com cara de esportivo não tem sua versão Abarth.
E você, o que achou do Abarth Pulse? Deixe seu comentário abaixo.