O nome Abarth é pouco conhecido no Brasil. A marca esportiva é de propriedade da Fiat e vende carros preparados para o alto rendimento na Europa. Já tivemos por aqui o Fiat Stilo em 2002 e o Fiat 500 Abarth, vendido como uma série especial em 2014, e não passou disso. Agora a Stellantis confirmou a marca no Brasil estreando com uma versão do Fiat Pulse.
A marca Abarth não nasceu dentro da Fiat. Ela foi criada em 1949 por Carlo Abarth para produzir veículos de competição. Austríaco, Carlo começou em competições como piloto e naturalizou-se italiano. Pegava modelos de marcas europeias para torná-los esportivos e assim participar de competições, populares na década pós guerra na Europa. Os primeiros foram feitos sobre carrocerias da Cisitalia e foram o ponto de partida nos sucessos nas competições de montanha.
Em 1951 vem a primeira conexão com a Fiat, quando Carlo Abarth se mudou para Turim (cidade natal da Fiat) e produziu o Abarth 1500 com mecânica da marca.
O voo solo da Abarth acabou em 1971, quando foi comprada pela Fiat e se tornou uma divisão esportiva da marca para competições de rally. Aliás as competições de rally eram o ponto alto das competições pela popularidade das marcas nas décadas de 70 e 80. A Peugeot e a Renault também investiram muito no esporte na mesma época.
A marca ganhou notoriedade porque competia em pé de igualdade até mesmo com Ferraris e assim o escudo do escorpião ganhou fama, mas chegou a ser encerrada na década de 80. Desde então, toda a divisão de competição da Fiat vinha sendo gerida pela própria empresa. O nome Abarth retornou só em 2007, novamente como uma empresa e novamente sob o guarda-chuvas da Fiat.
A montadora italiana até lançou produtos com a marca Abarth enquanto a empresa estava inativa, mas esses produtos eram vendidos como versões topo de linha. Foi o caso do Stilo que recebeu motor 2.4 do Marea em 2002. Quando a empresa foi relançada, em 2007, a Itália conheceu o Punto Abarth: um carro com motor 1.4 turbo mais potente que o 1.8 Sporting 16V que tínhamos aqui. Depois veio o 500 Abarth.
Abarth dos anos 2020
Com a preparação nervosa dos carros Fiat, o 500 virou um ícone para a Abarth na Europa. Isso fez com que a empresa preparasse voos mais altos para o carrinho da Fiat e lançou versões realmente envenenadas que foram rebatizadas. Atualmente a Abarth tem uma linha própria baseada no Fiat 500 no velho continente. Esses carros foram batizados de Abarth 595 e Abarth 695. Por fora eles são o simpático Fiat 500, mas na pista são dois monstros.
O 695 é o Fiat 500 mais veloz. Equipado com motor 1.4 turbo que rende 180cv com 5500 rpm e atinge a marca de 225 km/h na pista. O carro é manual e vai de 0 a 100km/h em 6,7 segundos. O 695 é hoje o topo de linha da marca.
Hoje a Abarth comercializa sob a base do Fiat 500 o 595 nas versões Turismo, Competizione, Essence, Scorpioneoro e Monster Energy Yamaha, além do F595. As versões se diferenciam por ajustes do motor ou pelo acabamento temático, como é o caso do Abarth 595 Monster Energy Yamaha, que possui elementos de competição que remetem à marca de competição que remetem à marca de bebidas e também à marca japonesa de motos.
Abarth no Brasil
O Stilo Abarth que apareceu por aqui em 2002 tinha o motor 2.4 do Marea com modificações. Já o Fiat 500 Abarth vendido em 2014 tem motor 1.4 turbo a gasolina (não flex!) e entrega 165cv de potência. O câmbio é manual de 5 marchas e o carrinho vai de 0 a 100 km/h em 8 segundos. A Argentina recebeu modelos Abarth do Fiat 500 com mais frequência que o Brasil.
O Fiat Pulse Abarth tem motor 1.3 turbo (agora sim, flex!), o mesmo que na Fiat Toro entrega 185cv de potência.