Funcionários da GM estão tendo dias difíceis no trabalho depois que um novo sistema passou a classificá-los e a decidir demissões, nos EUA. Anualmente, gerentes e líderes de produção classificam todos os funcionários e aqueles que estiverem entre os 5% piores serão demitidos.
As demissões deste ano já estão acontecendo, e às dezenas de uma vez. Segundo o sindicato local, os desligamentos devem continuar ocorrendo até o fim de fevereiro. Internamente, os funcionários estão desesperados tentando descobrir em que classificação eles estão.
O sistema funciona assim: os trabalhadores em cargos de liderança classificaram todos os seus liderados em níveis. 5% deles foram classificados como excedendo bastante as entregas, 10% excedendo as entregas, 70% atingindo expectativas, 10% parcialmente atingindo expectativas e 5% não atendendo as expectativas. Este último grupo é justamente o que está na berlinda.
Esse tipo de gestão não é novidade no mundo corporativo. Aliás, é cada vez mais aplicado, ainda que silenciosamente nas grandes corporações. Cada funcionário é classificado matematicamente e a depender da conta, ele é promovido, ganha um aumento ou, no pior dos cenários, é demitido.
A GM resolveu aplicar o método para melhorar seu grupo de trabalho e acredita que tem conseguido. Aqueles que atingirem o patamar de 10% como atingindo parcialmente expectativas são chamados e ‘convidados’ a melhorar o rendimento para não se tornarem os próximos 5% piores – e serem demitidos.
O site Detroit Free Press, que cobre a vida automotiva em Detroit, questionou a empresa. “A GM tem orgulho de ter uma cultura onde promovemos e recompensamos alto desempenho, colaboração e excelência, o que nos ajudará a atrair e reter os melhores talentos em um ambiente competitivo da indústria. Isso inclui tudo, desde garantir que os funcionários saibam o que é esperado deles, fornecer feedback para que eles possam se desenvolver e recompensá-los por seu desempenho”, disse Kevin Kelly, o porta-voz da empresa.
