Novos preços: Carro zero abaixo dos R$ 40 mil está em extinção

Alta do dólar e perdas de mercado foram decisivos para montadoras reajustarem os preços para a linha 2021. Alguns carros tiveram aumento de 10% em questão de dias. O carro zero de R$ 30 mil já está em extinção.

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A chegada da linha 2021 dos carros chamados populares no Brasil é um anúncio ao consumidor: você não vai mais comprar carro zero por menos de R$ 40 mil. As versões mais básicas, com ar-condicionado, de Kwid e Mobi, os veículos zero mais baratos vendidos no país, agora estão entre 43 e 46 mil reais. Abaixo da faixa dos 40 apenas as versões básicas destes modelos, sem ar, direção ou qualquer acessório.

O Turbomercado analisou que a diferença média nesta categoria é de 10%, mas é importante ressaltar que estes preços já vinham subindo. O mesmo Mobi que agora passa a custar R$ 46 mil, custava R$ 43 mil na linha 2020 em setembro e R$ 38 mil em julho.

Kwid: versão com ar agora custa R$ 45 mil (Foto: Renault)

O campeão de aumento foi o Volkswagen Gol, quase 20%. A versão básica do Gol agora sai por quase R$ 50 mil. Para quem acompanha o mercado, é importante notar que estamos inaugurando um novo ciclo.

Saudade do Uno de R$ 7 mil, meu filho?

Já tivemos o carro popular (que hoje é chamado de ‘carro de entrada’) por R$ 7 mil em 1994 (era o Uno Mille), depois tivemos o mesmo Uno custando R$ 14 mil nos anos 2000.

A barreira da casa dos R$ 10 mil foi rompida só no ano de 2002, quando o dólar disparou. O carro popular chegava aos R$ 21 mil e depois, mesmo com o recuo do dólar, nunca baixou de preço. Pelo contrário, se a cotação do dólar é uma montanha-russa, o preço do carro nunca foi.

O início da década de 2010 inaugurou o patamar dos R$ 30 mil, que só deu uma folga quando a Chery entrou no mercado, prometendo o carro mais barato do Brasil. O Chery QQ chegou custando R$ 25 mil e segurou os R$ 29 mil até sua aposentadoria. Porém vendia muito pouco e aí as outras montadoras não se importaram em continuar explorando novos patamares.

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Gol 2021 já encosta nos R$ 50 mil (Foto: Volkswagen)

É o dólar, é o custo de produção, é o imposto, é o mercado atual. Não há como sair apontando um único culpado pelo novo patamar do carro novo, mas desta vez é preciso se atentar que os preços dispararam. Corre o risco do patamar dos R$ 40 mil ser passageiro e logo estarmos falando em 50, 60 mil.

Vale lembrar que na Argentina um simples Toyota Etios já custa R$ 70 mil e está entre os modelos mais baratos vendidos por lá. Para quem achou um absurdo, um alerta: o mesmo modelo já custa R$ 63 mil por aqui.

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