Lembrado pela ‘traseira de Jetta’, 11ª geração chega mais comportada no visual
Como de costume nas gerações ímpares, o novo Honda Civic chega com visual mais comportado, mas, como era de se esperar, novidades para o mercado automobilístico. Uma delas é o novo airbag, tido como inovador.
Quem acompanha o mercado de carros, sabe dos problemas envolvendo os airbags da marca Takata, envolvida no maior recall do mundo, que repercute no Brasil até agora. A GM, por exemplo, oferece R$ 500 para quem atender a um chamado para troca de airbags.
A Honda desenvolveu uma bolsa que diminui as chances de lesões cerebrais. Ela tem um formato diferente, parecido com uma luva de baseball, que encaixa a cabeça do motorista e evitar que ela se desloque para o lado. Ela se abre em três estágios, com as laterais ‘prendendo’ a cabeça na região central. Tudo em milissegundos.
As novas bolsas estrearam no Acura TLX, marca que pertence à empresa, e agora chegam ao Civic.
Segurança é tudo
Além do novo airbag, o novo Honda Civic ganhou mais itens de segurança. Ele vem com o pacote de assistências Honda Sensing, conhecido dos brasileiros por já ser oferecido no Honda Accord.
A Honda diz que o pacote foi aprimorado, com a chegada do Traffic Jam Assist, com oito novos sensores. A tecnologia permite reações mais rápidas ao usar o controle de cruzeiro adaptativo (ACC).
Novo Honda Civic: mais que ‘traseira do Jetta’?
Se um dia ele abriu alas para ideias de design, a 11ª geração parece copiar desenhos consagrados, é verdade. A famigerada ‘traseira de Jetta’ parece ter criado uma má fama ao modelo. Ele é mais do que isso, mas não muito além.
O carro ficou mais sedã, com um pequeno alongamento do terceiro volume, distanciando-o ainda mais dos cupês. O lado bom é que o espaço de porta-malas cresceu.
Na frente, o visual comportado se dá pela retirada das ‘sobrancelhas’ sobre os faróis, uma admitida inspiração no irmão maior Honda Accord.
Por dentro, novidades. Ele ganha novo quadro de instrumentos, mas ainda perto do convencional. Ele só é totalmente digital nas versões superiores, uma pena. Há diferenciação também no tamanho da tela do painel. Ela mede 7 polegadas nas versões de entrada e 10,2 nas de topo.
A tela multimídia também varia de tamanho conforme a versão. Vai de 7 a 9 polegadas, nada muito grandioso.
Motores
Se o visual ficou mais careta, a motorização também não empolga tanto, pelo menos nas primeiras versões internacionais. Vale lembrar que lá fora o Civic é tratado como carro mais de entrada do que de luxo.
O Civic dos EUA chega com antiquados motores 2.0 aspirado de 160 cv e 19,1 kgfm e, nas versões mais completas, com o 1.5 turbo de 182 cv e 24,5 kgfm. A diferença com a décima geração é um novo turbocompressor que entrega mais potência e mais torque sem mexer no tamanho.
E o Brasil?
A expectativa é que o modelo só chegue ao Brasil no segundo semestre de 2022, ou seja, daqui mais de um ano. Infelizmente o carro deverá vir apenas como importado, decretando em algum momento o fim da linha do Civic 10 na fábrica de Sumaré/SP.