A Stellantis está atrás de um novo nome forte após a saída do português Carlos Tavares do comando da companhia, no último domingo. Um dos cotados ao cargo é o italiano Antonio Filosa, que trabalhou cinco anos no Brasil, a maior parte deles à frente da operação América Latina da Stellantis, e também na FCA, como era chamado o grupo Fiat antes da fusão com a PSA.
Filosa integrará o grupo de transição até a escolha do novo CEO, que deve ocorrer em 2025. Ele estava há menos de um ano comandando as operações globais da Jeep, após ser promovido e deixar o comando Latam da Stellantis.
O comitê interino será gerido por John Elkmann, atual presidente do conselho de administração e herdeiro da família Agnelli, ainda a maior acionista do grupo.
Antonio Filosa é cotado para o cargo, mas segundo a Reuter tem concorrência de outros membros do próprio comitê interino. São também cotados Maxime Picat, diretor de compras e de qualidade com fornecedores, Jean-Philippe Imparato, responsável pela companhia na Europa, Douglas Ostermann, diretor-financeiro da Stellantis, e Richard Palmer, conselheiro especial de Elkann.
A concorrência se estende a outros nomes, como o de Mike Manley, antigo CEO da FCA, Edouard Peugeot, herdeiro da família Peugeot e que também integra a Stellantis, Luca de Meo, atual CEO da Renault, e Jose Munoz, recém-eleito CEO da Hyundai. Um nome de fora não foi descartado ainda.
Pesa a favor de Filosa o bom desempenho da companhia na América Latina. Foi em sua gestão que a Fiat se tornou líder de vendas na região, incluindo o Brasil, onde atualmente a Stellantis detém 30% do mercado, somando as suas cinco maiores marcas.
O mercado reagiu mal ao anúncio da saída de Carlos Tavares. As ações da Stellantis caíram 6,3% em Milão, Itália, no dia seguinte ao pedido de demissão. Em 2024, os papeis da fabricante responsável por 15 marcas diferentes recuaram 44%.