Mudança radical. Busca pela originalidade. O que aconteceu com a marca Jaguar?

Mudanças anunciadas pegou fãs da marca de surpresa com um logotipo que praticamente deixa de lado o tradicional Jaguar

A divulgação da nova identidade visual da Jaguar causou um forte impacto nas redes sociais. A empresa está promovendo uma transformação radical, mas tirar as linhas tradicionais e o foco na silhueta do Jaguar (o animal) repercutiu mal. Com o anúncio de sua nova filosofia de marca e a promessa de um renascimento ousado, a tradicional fabricante britânica está se reposicionando como uma marca de “luxo moderno”.

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As ações desta mudança começaram no último dia 19 de novembro, data que trouxe a apresentação de novos elementos de identidade. Muito do que conhecemos da marca foi descartado. O tradicional “mascote” ainda existe, mas agora ele salta para a direita e não fica mais tão evidente. Vira uma espécie de “easter egg”. A marca estampada nos carros será apenas o nome “JAGUAR” numa linguagem repaginada, com um ar moderno, simples e simétrico. O antigo brasão circular, que era formado por muitos elementos, agora segue o padrão de minimalismo, sendo formado apenas por dois “J”s entrelaçados.

A nova abordagem deixa o produto final em segundo plano: o foco agora é luxo, e fica muito claro que a Jaguar quer ser reconhecida por sua criatividade e autenticidade, prometendo não apenas produtos, mas experiências que enriqueçam a vida de seus clientes. O evento de lançamento ocorrerá na Miami Art Week, no próximo dia 2 de dezembro, onde a marca apresentará um modelo 100% elétrico, que será um marco na nova era da Jaguar.

Copy Nothing

A filosofia desse renascimento foi inspirada pelo fundador Sir William Lyons, com o lema “Copy Nothing”, que reflete a busca pela originalidade e pela inovação sem imitações. A marca se apresenta com o conceito de “modernismo exuberante”, que promete trazer designs irreverentes e criativos para os próximos modelos, incluindo um super-GT elétrico, um grande sedã e um SUV, todos desenvolvidos sobre a nova plataforma elétrica JEA (Jaguar Electric Architecture). Esses modelos ainda não têm um cronograma de lançamento definido.

Com essa renovação, a JLR pretende encerrar a produção atual de veículos da Jaguar a combustão até 2026, com novos lançamentos que buscarão estabelecer a marca como uma potência no segmento de luxo e mobilidade elétrica. Para ficar mais claro: a Jaguar vai subir de patamar, ficando mais próxima de Bentley e Rolls-Royce e mais distante de Audi, BMW e Mercedes-Benz.

Essa renovação vai na contramão do que várias montadoras estão fazendo atualmente. Muitas, no passado, até sinalizaram que o caminho seria apenas a produção de veículos elétricos, como Volvo, Ford e Mercedes-Benz, que apostavam na eletrificação da frota, mas já voltaram atrás nessa decisão.

Com poucos traços do passado, a Jaguar traça uma estratégia ousada e arriscada com o reposicionamento de marca e com a eletrificação. Resta saber se essa cartada é a mudança que vai trazer a Jaguar para um lugar de destaque no jogo, ou se seria importante olhar um pouco mais para trás e resgatar a tradição e o peso que a marca teve ao longo da história.

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Ainda é muito cedo para bater o martelo em alguma previsão relevante. Mas essa mudança é importante para a JLR, já que a Jaguar, atualmente, não é muito rentável. Ainda serão revelados os modelos que definirão o caminho a ser percorrido, e veremos, na prática, a nova estratégia. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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