México quer receber produção brasileira da Ford

Ministra da Economia diz estar ‘flertando’ com a montadora, que já possui 3 fábricas no país.

Não são apenas os chineses que estão de olho no espaço deixado pela Ford. O México também. Mas, diferentemente dos asiáticos, que podem assumir a planta da Ford em Camaçari-BA, os mexicanos querem ‘apenas’ o mercado de 125 mil veículos deixado pela montadora americana. As informações são da agência AFP.

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Vale lembrar que a Ford já mantém grandes relações com o México. É lá que ela produz atualmente o Bronco Sport e o Mustang Mach-E, previstos para o Brasil e que já são comercializados nos EUA. No total são 3 fábricas, sendo duas para carros e uma para motores.

A ideia do México é transferir a produção brasileira para lá. Antes de fechar, a Ford produzia no Brasil o Ka e o Ecosport (presente no catálogo dos EUA, mas importado da Índia), além de motores.

Tatiana Clouthier anunciando planos para a economia mexicana

“Já estamos procurando a Ford para dizer ‘o que é preciso?’ como flertar para que venham ao México”, disse a ministra da economia mexicana Tatiana Clouthier, que chegou ao cargo em 4 de janeiro deste ano.

“Temos coordenado pontualmente com os estados para ver quais estão prontos para receber”, completou a ministra.

O México fechou 2020 com queda 20,2% na produção de veículos, em relação a 2019, muito por culpa da pandemia. Ainda assim foram produzidos 3 milhões de veículos. O Brasil fechou 2020 com produção de 2 milhões de veículos, queda de 26%.

O México possui acordos de livre comércio de carros com outros 46 países. A indústria automotiva já representa quase 1/3 do PIB mexicano.

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México já ouviu um não da Ford

Mas nem tudo são rosas. No início de 2017, a Ford cancelou investimentos de US$ 1,6 bi que seriam usados na construção de uma nova fábrica no México, que produziria modelos elétricos para o mercado americano. Foi às vésperas da posse de Donald Trump, que anunciou que retaliaria a montadora caso ela “transferisse postos de trabalho para o México”.

Com a ameaça de ver sendo taxado em 35% seus veículos produzidos no México, a Ford recuou. Mas, como se sabe, Trump se foi, abrindo caminho para novos investimentos internacionais.

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