Land Rover se colocou em uma encruzilhada na China

Importação, eletrificação ou transferência de produção - Qual caminho seguir?

A icônica montadora britânica Land Rover está enfrentando um dilema crucial em relação ao seu futuro na China. A empresa está incomodada com o abismo de preços verificados no país entre seus dois tipos de atuação e precisa tomar uma decisão para evitar uma queda em seus negócios.

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Os veículos que ela fabrica fora e importa para a China ficam muito caros – em média mais de R$ 600 mil para o chinês. Já os que ela fabrica localmente em uma joint venture com a Chery, saem por R$ 220 mil.

A empresa vai ter que escolher entre três possibilidades igualmente desafiadoras. O destino da marca no mercado chinês pode depender de sua capacidade de fazer a escolha certa entre: desistir da parceria com a Chery e apenas importar modelos mais caros, trocar para uma linha de veículos elétricos e enfrentar a concorrência com modelos locais mais acessíveis ou transferir a produção para a China, mas com o risco de inviabilizar a produção em outras regiões.

Desde que a Land Rover estabeleceu sua parceria com a Chery na China, a marca tem se beneficiado do acesso ao mercado automotivo em crescimento acelerado do país. No entanto, a colaboração levantou questões estratégicas para a montadora britânica. A primeira opção seria abandonar a parceria e optar pela importação de modelos já fabricados, o que resultaria em veículos mais caros para os consumidores chineses. Essa abordagem poderia prejudicar a competitividade da marca em relação aos concorrentes locais, que oferecem modelos similares a preços muito mais acessíveis.

A segunda alternativa é a transição para uma linha de veículos elétricos. Com o crescente foco do governo chinês na eletrificação do setor automotivo, essa mudança poderia permitir que a Land Rover competisse diretamente com modelos locais mais baratos. No entanto, essa opção exigiria um investimento significativo em pesquisa e desenvolvimento, além de uma adaptação rápida da linha de produção existente. A empresa teria que enfrentar o desafio de convencer os consumidores chineses de que seus veículos elétricos são uma escolha confiável e viável em comparação com as marcas locais já estabelecidas.

Por fim, a terceira possibilidade seria transferir a produção para a China, aproveitando os recursos e a infraestrutura local. Embora essa opção possa ajudar a reduzir custos de produção e melhorar a competitividade no mercado chinês, ela acarretaria na possibilidade de encerrar a produção em outras partes do mundo. Tal medida resultaria em consequências significativas para a força de trabalho e para as economias locais onde a Land Rover tem suas fábricas atualmente.

O CEO Adrian Mardell reconheceu o problema em uma teleconferência com jornalistas na semana passada.”É difícil para as unidades produzidas localmente, porque o ambiente competitivo para elas está mudando muito, muito rápido, e isso afeta a qualidade das vendas”, disse ele, referindo-se aos altos níveis de desconto na China no momento.

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À medida que o prazo para a tomada de decisão se aproxima, a indústria automobilística está de olho na Land Rover, observando atentamente como essa marca de renome global irá enfrentar seu dilema na China.

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