Presidente global da Renault anunciou a chegada do modelo elétrico para 2022.
Ele chega para ser o carro elétrico mais barato do Brasil, repetindo sua fama de preço bacana entre os carros de entrada no país, mas será que o Kwid elétrico no Brasil será um campeão de vendas?
Antes de responder, é preciso primeiro entender todos os planos da Renault para o carro no Brasil. Segundo o presidente global da montadora, ele chega em 2022, ainda que sem data nem mês exato, e será feito sobre a plataforma do irmão gêmeo chinês Renault City K-ZE, nascido em 2019 de uma joint venture entre Renault, Nissan e a local Dongfeng.
Já é uma mudança de projeto em relação ao Kwid a combustão. O modelo mais barato do Brasil, que já custa salgados R$ 48 mil, é baseado no modelo indiano de mesmo nome.
O Kwid a combustão brasileiro, aliás, receberá uma atualização até o fim do ano que dará a mesma cara do modelo elétrico que irá circular pelo país no ano que vem. A diferença principal será a grade frontal, mais elegante na versão elétrica, uma vez que será uma peça mais decorativa do que funcional, já que no carro a combustão a grade ajuda a refrigerar o motor.
A Renault deverá atualizar também o motor do Kwid ZE, como será chamado por aqui. O irmão City K-ZE vem com motor de apenas 44 cavalos e 12 kgfm, muito aquém do que o brasileiro está acostumado. Ainda não é possível saber o preço mas ele deverá roubar o posto de carro elétrico mais barato do Brasil, que pertence atualmente ao JAC E-JS1, que sai por salgados R$ 149.900.
Apesar do menor preço para uma categoria promissora, é difícil acreditar que o Kwid irá pegar. O público interessado em ter um elétrico ainda irá esbarrar na falta de incentivos governamentais. Elas poderiam vir de várias maneiras: isenção de impostos, de pedágios e principalmente com a implantação de postos de recarga. Estamos longe disso, infelizmente.