A fábrica da S10 e da Trailblazer em São José dos Campos, no interior de São Paulo, vive um impasse após a Chevrolet demitir 830 funcionários na semana passada. Agora a Justiça determinou que os funcionários sejam reintegrados. O Sindicato foi à Justiça para reverter as demissões porque considera ilegal a forma como foram feitas as dispensas. Entre os demitidos há funcionários com estabilidade no emprego.
A decisão de reintegrar os funcionários em caráter liminar foi dada pelo desembargador João Alberto Alves Machado, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Cabe recurso. A decisão diz que a Chevrolet deve reintegrar os funcionários, não realizar novas demissões e manter os direitos e condições de trabalho que estavam vigentes antes das demissões.
As demissões foram feitas na semana passada e os demitidos foram avisados por telegrama. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, entre os desligados estão gestantes e funcionários que passam por tratamento de saúde, ou seja, funcionários que têm estabilidade devido à condição em que se encontram.
Além das demissões de São José dos Campos a Chevrolet também demitiu funcionários em São Caetano do Sul, onde produz a picape Montana, e também em Mogi das Cruzes, onde produz peças de reposição. O Sindicato aprovou greve nestas fábricas até que a Chevrolet cumpra a liminar. Até o momento não há notícia que a empresa tenha readmitido os funcionários. A Justiça estipulou multa diária de R$ 1 mil para cada funcionário não reintegrado.
A fábrica da Chevrolet em São José dos Campos atualmente tem parte dos galpões desativados. No passado já foram produzidos ali o Chevette e também o Corsa. Atualmente são produzidos a picape S10 e o SUV Trailblazer, veículos mais caros e com baixo volume de vendas. A Chevrolet não se manifestou sobre as demissões e também sobre a decisão do Tribunal.
