Honda dará adeus ao motor a combustão na Europa até 2022

Países europeus vem traçando planos para a proibição do comércio de carros com motor a combustão. Algumas montadoras, como a Honda, planejam se adiantar a estes prazos.

A Honda anunciou que vai se adiantar ao mercado na Europa e deixará de fazer carros movidos exclusivamente com motores a combustão até 2022. Países do bloco têm editado leis para que este tipo de motor não seja mais utilizado em veículos com prazos que variam de 10 a 20 anos.

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O plano da Honda também prevê o uso de energia mais limpa em suas fábricas, como a eletricidade e os biocombustíveis. Para a linha de 2022 a Honda apostará em veículos híbridos e elétricos. Veículo híbrido é o que possui um conjunto com motor elétrico e outro a combustão. Basicamente, o motor a combustão neste caso trabalha em baixa rotação para alimentar o motor elétrico, que é o que de fato movimenta o veículo.

O primeiro país a proibir o uso de motores a combustão é a Inglaterra, que deu prazo até 2030 para os fabricantes. O planejamento da Honda envolve começar a vender os novos veículos neste mercado e a partir de então expandir para o resto da Europa, o que vai resultar em queda de custos nas fábricas.

Outras fabricantes

Kwid elétrico será vendido na Europa (Foto: Divulgação/ Renault)

Ainda na Europa, a Volkswagen já iniciou há dois anos a eletrificação de sua linha. Recentemente lançou e aposta no ID4, que já está sendo vendido também nos Estados Unidos, ainda em fase de reserva. Não há previsão para trazer o ID4 ao mercado brasileiro.

A Honda também não divulgou se há chance de algum veículo de sua linha elétrica chegar ao Brasil. Os veículos da Honda vendidos por aqui são construídos em fábricas no interior de São Paulo, que ainda não são preparadas para a fabricação de elétricos. A curto prazo, só teríamos elétricos da Honda no Brasil por meio de importação.

A Fiat também iniciou a eletrificação de sua linha na Europa. O novo Fiat 500 está dentro desta proposta e agora oferece opções híbridas e elétricas apenas. Há previsão da chegada do novo Fiat 500 no Brasil, por meio de importação, no ano que vem. Outro modelo popular da Fiat na Europa, o Fiat Panda, também está sendo vendido em versão híbrida.

A Renault já comercializa o Zoe no Brasil, que tem preços a partir de R$ 203 mil. Na Europa a empresa prepara a venda do Kwid elétrico, que pode chegar ao Brasil, mas ainda sem previsão oficial.

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Países contra o CO2

A decisão da Honda faz parte de uma movimentação do Japão para reduzir a emissão de carbono. O país quer proibir por completo a venda de veículos novos movidos apenas a gasolina a partir de meados de 2030. A emissora estatal japonesa NHK noticiou que o governo japonês quer privilegiar veículos híbridos ou elétricos a partir da próxima década.

Em outubro, o primeiro-ministro Yoshihide Suga fez uma promessa de zerar a emissão de carbono até o ano 2050. Foi o segundo país do G7 a estabelecer um prazo do tipo. O Reino Unido anunciou que quer reduzir em 68% as emissões até 2030 e neutralizá-la totalmente até 2050.

E esses planos só podem sair do papel com a redução de carros movidos a combustão no mercado. Um automóvel popular emite aproximadamente 150 gramas de dióxido de carbono para se movimentar por um quilômetro. É 12,5 vezes mais do que uma composição do metrô, que libera 12 gramas.

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