Stellantis começou a operar nesta terça-feira (19) e engloba os antigos grupos FCA (Fiat) e PSA (Peugeot).
Na estreia da Stellantis, empresa que resultou da fusão entre Fiat e Peugeot, o presidente do novo grupo mandou um recado direto aos governos de Brasil e Argentina, onde a empresa possui fábricas.
Questionado sobre o recente anúncio do fim da produção da Ford no Brasil, o CEO Carlos Tavares disse: “O que aconteceu semana passada é também um aviso. De que há um limite.”
Carlos destacou que as equipes de Fiat e Peugeot fizeram um grande trabalho na América Latina, mas ponderou que os governos precisam decidir se querem ou não ter uma indústria automotiva. “Chega um momento em que temos que perceber que os limites devem ser estabelecidos. Não podemos trabalhar com todos os ventos contrários. Quando os obstáculos surgem de fatores externos, pode nos levar a tomar decisões muito difíceis”, comentou.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Carlos disse que o grupo não pretende, pelo menos por enquanto, fechar fábricas no Brasil ou Argentina – hoje são cinco.
Carlos não especificou o que seriam os “ventos contrários”, mas a julgar que o executivo estava falando da situação da Ford, a ligação direta é o custo de produção e a instabilidade de decisões sobre a indústria de tecnologia.
Recentemente a Audi suspendeu suas operações no Brasil por causa de uma pendência com o governo brasileiro em não devolver créditos de impostos previstos em um programa de incentivo.
Elétricos serão novidade em 2021
A Stellantis informou ainda que a grande novidade para este ano será a linha de elétricos. Serão 39 modelos até o fim do ano e todo lançamento daqui pra frente deve ter pelo menos uma versão elétrica. Porém não ficou claro se isso se aplicará ao Brasil.
Certo mesmo é que os elétricos do grupo que chegam este ano ao Brasil são: Fiat 500, Peugeot 208 e Renegade.
