A Espanha colocou em vigor o “Plano de Choque de Economia Energética”, um conjunto de medidas para que a população reduza o consumo de combustíveis de todos os tipos por causa da guerra. Chama a atenção uma recomendação específica: que os motoristas não passem de 100 km/h, a fim de reduzir o consumo de combustíveis. Será que faz sentido essa recomendação?
A Espanha possui um histórico envolvendo controle de consumo de combustíveis – e de velocidades. Em 2011, motoristas surtaram com a notícia de que o governo do pais reduziria as velocidades máximas das rodovias de 120 km/h para 110 km/h sob o argumento da queda no consumo. A polêmica durou 4 meses.
Agora, a recomendação de baixar a velocidade atende a um plano maior, o de Bruxelas, que estendeu o pedido a todos os países membros da União Europeia. O temor é com o inverno que se aproxima. Alguns países não terão condições de se manterem sem o gás proveniente da Rússia, a menos que tomem medidas duras.
A Espanha criou até um vídeo na internet com 20 dicas para economizar energia, desde trocando as lâmpadas de casa para as de tipo LED, passando por banhos curtos e frios, até tirar o pé do acelerador.
Dirigir até 100km/h ajuda a economizar combustível mas é pouco
É fato. Você diminuir a velocidade máxima fará com que você gaste menos combustível, pois o motor fará menos esforço. Segundo cálculo da Agência Internacional de Energia, reduzir a velocidade máxima em 10km/h causaria uma economia de 300 mil barris de petróleo por dia só na Europa. A AIE é até mais radical que o país da Espanha: defende que nenhum carro trafegue a mais de 90km/h.
O problema é que essa é só uma medida que faz economizar. Existem muitas outras até mais eficientes, como a condução progressiva, aceleração e desaceleração racionais, uso correto do ar condicionado, etc.
Fizemos aqui uma lista de cinco medidas quem ajudam a economizar gasolina. E também seis mitos sobre gastar menos combustível.