Fusca Fafá, Fusca Itamar: veja algumas versões icônicas do Fusca brasileiro

A Volkswagen criou, o povo apelidou. Em quase 50 anos de Brasil, o Fusca ganhou versões marcantes.

Ele nunca perdeu seu valor. Ao contrário. Até hoje o Fusca é o carro antigo mais vendido do Brasil. Algumas versões icônicas do Fusca são tratadas como ouro no mercado de usado. Foram tantos anos em linha, que ele é o 4º carro mais fabricado na história do Brasil, com 3,1 milhões de unidades produzidas. Algumas foram parar fora do Brasil, como o modelo em que Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, desfila em seu sítio.

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O último Fusca brasileiro saiu da linha em 1996, mas hoje, 27 anos depois, ele ainda desperta paixões. Cerca de 2 milhões de Fuscas circulam pelo Brasil até hoje. Veja abaixo algumas das várias versões icônicas do Fusca brasileiro. A intenção não é classificar estas como as principais versões, nem as únicas, mas apenas passear pelas décadas do querido fusquinha.


Fusca Split Window

versões icônicas do Fusca

A primeira verão do Fusca comercializado no Brasil veio da Alemanha, no começo da década de 50. A principal característica era o vidro traseiro, pequeno e repartido ao meio. Fez tanto sucesso, que os primeiros compradores aceitaram pagar o triplo do que ele valia. Hoje é o modelo mais raro e mais caro de se encontrar no mercado de clássicos.


Fusca Pé de Boi

versões icônicas do Fusca

O fusquinha abriu portas para o chamado carro popular brasileiro. A versão Pé de Boi era extremamente espartana. Aproveitando uma brecha na lei, que fazia poucas exigências para um carro ser vendido no Brasil, em 1968, a Volkswagen aproveitou para fazer o carro mais barato possível. Retirou de frisos metálicos a luzes de ré. O modelo não tinha nem marcador de combustível ou setas, obrigando o motorista a sinalizar com as mãos. Os donos foram aos poucos comprando e instalando os itens que a Volks retirou, e hoje é difícil encontrar modelos originais.




Fusca Besourão

versões icônicas do Fusca

Lançado em 1974, o Fusca 1600S ficou conhecido como Besourão – ou Bizorrão. Vinha com novidades, como bancos reclináveis, conta-giros, novo volante, marcador de temperatura e até relógio de bordo. O que fez ele ganhar o apelido foi uma cobertura plástica preta sobre a tampa traseira, que lembrava as asas de um besouro. O item ajudava na captação de ar para o motor 1600 cilindradas, de 65 cavalos e carburação dupla.


Fusca Fafá

Em 1979, a Volkswagen atualizou mais uma vez o Fusca, que neste momento já tinha quase 30 anos de Brasil. A principal e mais marcante mudança foi o aumento das lanternas traseiras. O brasileiro, criativo e invasivo, passou a chamá-lo de Fafá, em alusão aos seios da cantora Fafá de Belém. Além das lanternas, o modelo passou a ter volante de plástico injetado e nova manopla de câmbio.


Fusca Itamar

A Volks tirou o Fusca de linha em 1986, alegando que o carro havia chegado ao limite da obsolescência, embora ainda vendesse bem – era o 12º mais vendido do país. Aproveitou para abrir espaço na linha para fabricar e vender carros mais lucrativos, como o Santana, que seria exportado para os EUA. Em 1993, o presidente Itamar Franco, num daqueles atos que lembram mais um imperador, pediu a volta do modelo e a Volkswagen atendeu. Atualizado, o Fusca Itamar ficou em linha até 1996 e se tornou uma das versões icônicas do Fusca.

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Fuscas modernos

A Volkswagen nunca chegou a desistir completamente do Fusca. O que ela tentou, sem sucesso, foi atualizar o modelo, tanto em design quando em mecânica e segurança. Ela lançou mais duas gerações muito mais caras: o New Beatle (1997-2011) e o Fusca (2012-2019), mas nenhum deles emplacou. O segredo do sucesso do Fusca era ser o que ele era: um clássico.

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