Foi só a McLaren anunciar o W1, hipercarro de 1.258 cavalos, que a Ferrari inaugurou uma guerra. Ela acaba de apresentar o F80, outro hipecarro híbrido cheio de potência – 1.184 cavalos e uma motorização que o aproxima mais dos modelos de F1 do que dos clássicos V12 aspirados da marca. O Ferrari F80 é o primeiro hiperesportivo lançado pela montadora italiana em mais de uma década.
O motor principal do F80 será um V6 biturbo a combustão, que extrai sozinho 888 cv em quase 3 litros de capacidade. Rodando a 9.200 rpm, ele é impulsionado por um par de turbocompressores de 48 volts, que aumentam a pressão e diminuem o atraso.
O motor principal funciona em conjunto com um sistema híbrido distribuído em três motores: um maior na traseira, fornecendo 94 cavalos, e um par na frente, gerando 140 cv cada um, permitindo vetorização de torque, como ocorre na Ferrari SF90 Stradale e na rival Lamborghini Revuelto.
Falando em rival, o W1 da McLaren tem lá suas diferenças. Como falamos, tem maior potência (1.258 cv x 1.184 cv), e isso se explica pelo motor a combustão maior: é um belo V8. A transmissão do McLaren é traseira e o da nova Ferrari, integral. O peso também diverge bastante. O W1 pesa 1.400 kg, enquanto o modelo italiano é mais robusto: 1.520 kg.
Para a Ferrari, diferenças à parte, os modelos são mesmo os rivais do momento. “Do ponto de vista comercial, eu abençoo a competição, pois ela estimulou o mercado”, disse Enrico Galliera, diretor comercial da Ferrari.
Tudo isso terá um preço. A sucessora da LaFerrari custará nada menos do que 3,6 milhões de euros, o equivalente a R$ 22 milhões. Não se preocupe, pois não vai encalhar. Todos os 799 modelos já estão vendidos para compradores que tiveram que comprovar já ter uma Ferrari na garagem, condição obrigatória para ter uma F80.