Número de telespectadores caiu de 2 milhões por GP em 2020 para 900 mil, depois da troca para a Band.
A F1 ganhou novos ares em 2021 ao se mudar de casa. Deixou a Globo, líder de audiência, e foi para a Band, que costuma tratar com carinho o esporte. Para o novo lar, foi uma mudança e tanto. A F1 quintuplicou a audiência da Band no horário, saltando de 0,9 pontos par 4,4 pontos, alta de 388%. Segundo a Kantar/Ibope, cada ponto representa 76,5 domicílios na Grande SP – cerca de 205 mil indivíduos.
O GP da Emilia-Romagna deixou a Band na vice-liderança do horário, atrás apenas da TV Globo. É um feito e tanto para a emissora paulista, mas para a F1 ainda representa uma queda de público.
Em 2020, último ano das corridas na Globo, cada GP marcava, em média, 10 pontos por corrida – mais que o dobro do registrado atualmente. Em outras palavras, só na Grande SP o número de telespectadores despencou de 2 milhões para 900 mil telespectadores. É significativo.
Por outro lado, é possível afirmar que parte do público que assistia na Globo o fazia por osmose. Já estava no canal acompanhando os programas da manhã e acabou assistindo às corridas por falta de opção. Na Band é mais provável que ali esteja reunido o público fiel de F1.
Queda mundial de público
A queda na audiência da F1 causada pela troca da emissora que transmite os GPs não chega a ser uma surpresa. A F1 vem sofrendo com quedas de audiência mundo afora. Nos últimos anos, com a chegada a Liberty Media ao controle, essa queda foi menor. A empresa se esforça para manter o interesse do público.
Para o público brasileiro duas coisas são necessárias para gerar interesse, não importa a emissora que transmita: ou uma briga acirrada pela ponta, com dois pilotos muito rivais, o que é possível ocorrer este ano, ainda que timidamente entre Hamilton e Verstappen, ou então um piloto brasileiro em condições de competir pela vitória. Como sabemos, esta última opção está fora das possibilidades pelos próximos anos.