Dados foram divulgados pela Carta da Anfavea e mostram recuperação depois de um 2020 difícil.
Se 2021 ainda é um ano complicado para a indústria automotiva, com falta de peças, paralisações, fechamento de fábricas, pelo menos nas exportações de veículos há o que se comemorar. Elas cresceram 67,5% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados hoje pela Anfavea.
De janeiro a junho de 2020 foram 119,5 mil veículos exportados. Este ano o número saltou para 200,1 mil. No segmento de caminhões, o número foi ainda melhor: alta de 123,6% este ano, indicando uma recuperação ainda durante a pandemia.
O nível de exportações, no entanto, ainda não chegou aos números pré-pandemia. Em 2019, o primeiro semestre terminou com 227,3 mil veículos exportados. A queda ainda está na casa dos 12%. Mas já foi pior.
Exportações de veículos crescem em valores absolutos
Se em número de modelos o Brasil fechou 12% abaixo do primeiro semestre de 2019, em valores absolutos a situação é outra. O país exportou o equivalente a US$ 3,6 bilhões – R$ 18,6 bilhões – este ano, contra US$ 3,5 bilhões – R$ 18,1 bi – em 2019, alta (pequena porém uma alta) de 2,7%.
Se compararmos com o ano passado, o número é ainda mais animador. A alta foi de 70,7%, subindo de US$ 2,1 bi para US$ 3,6 bi. No ano passado, tivemos dois meses muito ruins em exportações, logo no começo da pandemia, em abril e maio. Parte do número represado foi compensado no segundo semestre.
Ranking de exportação de carros brasileiros por país
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o principal destino das exportações de veículos brasileiros no semestre foi a Argentina, com 44% de participação.
A América Latina ainda é o principal destino do carro brasileiro, apenas com uma intrusa europeia no top10. Confira no ranking abaixo:
Posição | País | Participação |
1 | Argentina | 44% |
2 | Colômbia | 15% |
3 | México | 12% |
4 | Chile | 8,2% |
5 | Peru | 6% |
6 | Uruguai | 5,4% |
7 | Paraguai | 3% |
8 | Equador | 1,9% |
9 | Bolívia | 1,3% |
10 | Alemanha | 0,42% |