O ex-CEO da Audi, Rupert Stadler, se declarou culpado pelo escândalo que ficou conhecido como “Dieselgate” e fará uma confissão sobre seu papel no caso que abalou a reputação do Grupo Volkswagen. As informações são da Agência Reuters.
O caso Dieselgate veio a tona em 2015 quando foi descoberto nos Estados Unidos que a Volks instalou um software em seus veículos à diesel para burlar testes ambientais. Os sistemas informatizados dos veículos apontavam níveis de emissões bem menores do que efetivamente estava sendo lançado ao meio-ambiente.
Em um acordo na época, a Volkswagen recomprou cerca de 350 mil veículos nos Estados Unidos e chegou a armazená-los em pátios em áreas desérticas no país.
Após a descoberta nos EUA, outros países abriram investigações contra a Volks e seus executivos. No processo contra Rupert Stadler existem outros quatro réus, todos ex-funcionários do grupo VW.
De acordo com a acusação que tramita na justiça alemã, os engenheiros da Audi trabalharam diretamente na elaboração do sistema e com isso atuaram diretamente para que fosse feita a fraude.
Stadler tem 60 anos e foi CEO da Audi entre 2007 e 2018. Ele está sendo julgado junto com Wolfgang Hatz, ex-chefe de desenvolvimento de motores da marca, além de Giovanni Pamio, ex-gerente de motores a diesel e um engenheiro identificado como Henning L.
A confissão de Stadler deve ser entregue até o dia 16 de maio e deverá ser acompanhada do pagamento de um valor que deve ficar em torno de 1 milhão de Euros. Em troca o Ministério Público pedirá a suspensão da pena de Stadler, que deve ficar em torno de 2 anos de cadeia.
A Audi e a Volkswagen não comentaram o assunto. A alegação da Audi é que a empresa não é parte no julgamento.