Se você viveu alguma parte da década de 80 deve se lembrar que o carro a álcool era o pesadelo dos donos na época do frio: era um “parto” para pegar e ainda exigia um tempo esquentando na garagem para rodar. Pois bem, um estudo alemão mostra que o carro elétrico também sofre com o frio, mas claro que não da mesma forma que o álcool.
Segundo informações reunidas pela ADAC, um clube automotivo alemão, no inverno os carros elétricos consomem muito mais energia e, portanto, ficam menos eficientes e portanto rodam menos do que em um local com clima quente. O Volkswagen ID.3, por exemplo, tem a autonomia reduzida pela metade quando roda em ambiente com sete graus negativos.
Dos veículos listados pela ADAC, os melhores resultados foram do Fiat 500e e do Renault Zoe, ambos disponíveis no Brasil, que tiveram menos perda de autonomia em um clima gelado.
Veja o resultado do experimento da ADAC:
Modelo | 14° C | -7° C | Perda |
Fiat 500e * | 244 km | 182 km | 25% |
Renault Zoe * | 351 km | 244 km | 30% |
Hyundai Kona | 215 km | 147 km | 32% |
Ford Mustang | 300 km | 202 km | 33% |
Lexus UX300 | 224 km | 141 km | 37% |
Nissan Leaf * | 332 km | 210 km | 37% |
VW ID.3 | 324 km | 162 km | 50% |
A explicação encontrada pela ADAC para o rendimento pífio do carro da Volks foi que o veículo possui um sistema de aquecimento para as baterias justamente para rodar em locais frios, para que o veículo mantenha uma performance linear. Isso faz com que a energia do carro seja consumida mais rapidamente.
O cenário mostra que os fabricantes terão que ocupar algum tempo pensando em como reduzir a perda de autonomia destes veículos, já que a autonomia ainda é um tema caro ao carro elétrico. A boa notícia é que o frio extremo não é uma preocupação do brasileiro.