Economia, gostos diferentes e custos de produção definem as linhas das marcas globais ao redor do planeta. Separamos quatro exemplos para você saber que apesar de jogar com o mesmo nome, algumas marcas jogam com “time” totalmente diferente em determinadas partes do mundo.
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Fiat
Nosso primeiro exemplo é a Fiat, uma empresa italiana que chegou ao Brasil nos anos 70. Em seu país natal a empresa tem uma linha já considerada velha, com o último lançamento em 2020 (Fiat 500 elétrico). Por lá a empresa vende o Tipo, o Fiat 500X (um SUV), o Panda e o Fiat 500e em versões híbrida e elétrica.
Destes, só o Fiat 500e é vendido em comum no Brasil. Pulse, Argo, Mobi são projetos desenvolvidos no Brasil e não tem qualquer previsão de aparecer por lá. As razões: o mercado europeu é mais exigente quanto aos materiais utilizados e à segurança.
A Fiat saiu da Índia, mas até pouco tempo atrás a marca vendia por lá algo mais diferente ainda do que vende na Itália e no Brasil. Todos os veículos vendidos pela marca na Índia eram derivações do Fiat Punto, com nomes diferentes.
Renault
A Renault também adotou estratégias diferentes na Europa e na América Latina. Enquanto lá ainda tem modelos como o Mégane e o Arkana, por aqui ela vende modelos de sua marca de baixo custo, a romena Dacia, com o logo da Renault.
O Renault Captur vendido aqui também não é o mesmo carro vendido na Europa. Ele foi adaptado para ser montado aqui sobre a plataforma do Duster, que é um carro da Dacia. A diferença da qualidade dos carros da Renault daqui para os europeus já foi inclusive motivo de crítica por quem testa a segurança dos carros.
A motivação é a mesma da Fiat: produtos menos refinados para garantir baixo custo, mas isso vai mudar. A Renault pretende eletrificar a linha e com isso unificar vários modelos pelo mundo. O primeiro passo para isso por aqui foi a aposentadoria do Sandero.
Mitsubishi
A marca japonesa faz parte de uma aliança com a Renault e atravessa um momento desconfortável. No Brasil a empresa é representada por um grupo nacional e por aqui tem os produtos semelhantes ao que a marca tem na Tailândia.
Já na Europa a empresa tenta se manter após sucessivas tentativas frustradas de se firmar lá. A alternativa atual é fazer rebadge (saiba aqui o que é isso) com produtos da Renault. O primeiro deles é uma versão do ASX.
Suzuki
Aqui focamos na linha da Suzuki na América Latina. Enquanto a marca tem um portifólio mais popular em países como Argentina, Colômbia e Chile, no Brasil a marca comercializa apenas o Jimny Sierra, um carro offroad único que já custa por aqui mais de R$ 150 mil.
Nos países vizinhos a Suzuki figura com certa frequência no topo do ranking de vendas. A estrela da marca é o Baleno, um carro popular que já passou pelo Brasil no início dos anos 2000 (importado e em pouquíssimas unidades).
O motivo disso é simples explicar: a Suzuki não atua de forma direta na América Latina. No Brasil, por exemplo, ela é representada pelo mesmo grupo que representa a Mitsubishi. Com essa diferença, o grupo brasileiro optou por posicionar a marca de forma diferente dos vizinhos.