Estradas derretem de calor na Europa

Imagens surreais se espalham pelo continente, que sofre com uma onda de calor inédita.

O espanhol Salvador Dalí ficaria com inveja. O pintor surrealista, autor dos famosos relógios derretidos de A Persistência da Memória, veria sua abstração se tornando realidade neste verão europeu. Na Inglaterra, onde os termômetros bateram os 40º C, rodovias acabaram derretendo com o calor.

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Estradas derretem de calor

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a A-14, rodovia que corta Cambridge, a 95 quilômetros de Londres. As autoridades precisaram fechar o tráfego depois que o asfalto formou calombos em vários pontos da estrada.

Em Londres, o aeroporto de Luton suspendeu voos depois que uma parte da pista levantou de calor, pondo em risco a operação.

Mas como assim derreteu?

O asfalto possui uma resistência ao calor, que depende dos compostos da fabricação e do tipo de terra que vai imediatamente abaixo dele. Muito provavelmente o solo da camada inferior tem resistência baixa, aguentando até um certo nível. É por isso que no Brasil, por exemplo, não ocorre o mesmo quando a temperatura chega neste nível, pois solo e componentes já prevêem um calor tropical. Lembrando que o asfalto fica ainda mais quente do que a temperatura ambiente.

E não só as rodovias e aeroportos sofreram com o calor extremo. Linhas férreas precisaram fechar para manutenção depois de empenarem por causa do calor. Alguns pontos chegaram a pegar fogo de forma espontânea.

Calor sem precedentes

Pela primeira vez na história, o governo britânico declarou alerta vermelho para condições climáticas. Em outros países europeus, como a Espanha, os termômetros marcaram 44º C; Em Portugal, mais de mil pessoas morreram de calor em 11 dias; Os incêndios florestais se espalham por gigantescas áreas. Eventos que colocam em xeque o próprio futuro do continente.

Está em discussão na Europa um novo modelo construtivo, que imagine o continente nos anos 2060 e não mais nos 1960, como ocorre atualmente. É uma mudança de cultura de engenharia, que terá que acompanhar estes novos tempos, muito mais preocupantes em relação a eventos extremos. Hoje, as cidades não estão preparadas, como provam os últimos acontecimentos.

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