A Fiat deve colocar a dupla Pulse e Fastback como primeiros modelos brasileiros da marca a receber um sistema híbrido. Trata-se de um sistema híbrido leve. Se você gosta de carro e acompanha o mercado nacional, mesmo que não seja um cliente da Fiat, isso importa porque estamos diante de uma nova onda de atualizações no mercado nacional.
Para começo de conversa é importante você saber que o sistema híbrido leve que será adotado nestes modelos não é um sistema híbrido de verdade que vemos em marcas que já têm tradição na tecnologia, como Volvo e Toyota. Explico: nestes carros existem dois motores, o elétrico e o convencional. Eles agem em conjunto para mover o veículo, sendo que em um sistema híbrido mais avançado o motor convencional é acionando quando há pouca carga e funciona como um gerador de energia para o motor elétrico.
Já no sistema híbrido leve o motor elétrico serve como um auxiliar do motor convencional e faz o papel que atualmente é do alternador e do motor de arranque. Esse sistema já é usado no Kia Stonic vendido aqui. Não é um híbrido como explicamos anteriormente, mas a existência de um motor elétrico credencia a marca a usar a inscrição “hybrid”.
Em todo caso você já notou que estamos diante do “aviso prévio” do motor de arranque e do alternador. Assim que a Fiat adotar a tecnologia híbrida leve (MHEV) nós teremos uma onda nesse sentido porque a Fiat é a líder de vendas do mercado brasileiro.
A aposentadoria total do alternador é um passo da indústria automotiva mundial, assim como o carburador (nos anos 90) e o carro sem airbag viraram peças de museu.
A nova onda de híbridos está mais próxima do que você pensa, muito pressionada pela chegada dos chineses, que oferecem os 100% elétricos e esses “híbridos leves” são uma resposta a isso. “Nós também temos tecnologia”, ainda que não seja uma total verdade.
Os híbridos leves são uma enganação? Não, eles são uma evolução. Mas as marcas que vendem aqui têm uma responsabilidade e devem ser claras ao consumidor sobre o que é um híbrido e um híbrido leve. Em breve teremos mais essa tarefa para os órgãos de defesa do consumidor.
