Elon Musk viajou à China recentemente, onde se encontrou com o primeiro-ministro local, e voltou com a impressão de que não terá como concorrer com os carros de lá em uma disputa aberta. Mas Musk não saiu do país da Ásia sem uma vitória na mala.
Com participação no mercado local, já que a Tesla está presente na China, com uma fábrica grande em Xangai, Elon Musk fez um acordo que poderá alavancar seu projeto de carros autônomos, este sim um tanto à frente da concorrência local (mas ainda engatinhando).
Enquanto os chineses dominam o mercado de carros elétricos tanto na China como já em outras partes importantes do mundo, gerando preocupação a americanos e europeus, os carros autônomos ainda engatinham por lá – e no mundo. E é aí que entra a jogada de Elon Musk.
O dono da Tesla fechou um acordo com o Baidu, espécie de Google chinês, que irá fornecer informações vitais para o aprimormento de seus carros autoguiados. Antes considerado rival tanto de Musk quanto dos EUA, a China parece ser um alvo preferencial de negócios.
Segundo a mídia estatal chinesa CCTV, o primeiro ministro Li Qiang afirmou que o crescimento da Tesla no país é um exemplo bem-sucedido de cooperação econômica e comercial entre os Estados Unidos e a China. O premiê chinês diz esperar que os dois países tenham mais operações “ganha-ganha” como esta com Musk. Quem diria…
Elon Musk percebeu que nunca terá chance de guerrear contra os modelos elétricos chineses, mais baratos e tão completos quanto os seus da Tesla, que ainda vivem sob uma aura de adoração.
Assim que pintar mais racionalidade nos clientes, a tendência é que a Tesla diminua sua participação e corra para outras frentes. Musk espera que essa equação se feche, assim que seus carros autônomos vingarem. Será uma corrida contra o tempo.