Dez carros com passagem relâmpago pelo Brasil

A marca errou na estratégia? O carro não foi bem aceito no mercado? O dólar subiu e não dá mais para importar? Veja carros que já viraram raridade no país.

A Kia deixou de importar o Kia Rio para o Brasil e o modelo sai de linha após apenas um ano de mercado onde foram vendidas 540 unidades. É muito pouco e isso coloca o Kia Rio como futura raridade no mercado nacional de usados.

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Outras marcas já tiveram decisões semelhantes e Turboway elenca abaixo outros dez carros com passagens relâmpago pelo país e que hoje já podem ser consideradas raridades nas ruas do país:

Citroën C6

Em 2007 a marca francesa estava empolgada com o Brasil e nós contamos isso aqui. Era o C4 na novela, o C4 com propaganda de agente secreto. Até que a marca se empolgou demais ao trazer o C6 ao Brasil.

citroen c6

O carro era grande, tinha bons acessórios, motor 3.0 V6 de 210 cv. Tudo para ser um modelo cobiçado, mas era muito caro. O C6 era importado, mas a Citroën não sabia explicar porque seu preço era semelhante ao de importados de marcas já consolidadas no segmento premium por aqui (BMW, por exemplo). Durou um ano no mercado e vendeu 18 unidades.



Kia Quoris

A Kia já é reincidente na história de colocar carros que não duram muito no mercado. O Quoris já havia feito o que o Kia Rio fez agora, lá em 2015.

kia quoris

A montadora apresentou o carro no Salão do Automóvel e demorou para trazer ao Brasil. Quando trouxe, não acertou na publicidade e o carro sobrou porque era muito caro. Ficou menos de um ano no mercado e vendeu cerca de 20 carros.

Peugeot RCZ

Importado da Áustria, o carro é estiloso e ficou 4 anos no mercado nacional. Alguém se lembra disso? Pois é, ninguém lembra. Até porque chegaram ao Brasil menos de 600 deles em todo esse tempo.

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peugeot rcz

O carro tinha motor 1.6 turbo de 165cv com transmissão automática de seis velocidades. A aceleração de 0 a 100km/h vinha em 8,4 segundos e a velocidade máxima era de 213 km/h. Certamente já é uma raridade nas ruas.

Volkswagen EOS

Um cupê conversível que era fabricado em Portugal. Ficou só um ano em linha no Brasil (2009) e usava a base do Golf com motor turbo 2.0 de 200cv. Vendeu 118 exemplares aqui.

volkswagen eos

Mercedes-Benz CLC

Esse é o primeiro da lista que é nacional. A Mercedes decidiu fabricar o CLC em Juiz de Fora, Minas Gerais, para exportar aos países da América Latina. Durou só um ano (2009). O modelo tinha motor 1.8 que rendia 184 cv. Chegava aos 100 km/h em 8,6 segundos.

mercedes-benz clc

Hyundai Veloster

Lançado com muita publicidade em 2011 com o apelo de ser um carro diferentão, de 3 portas, e prometia ser o esportivo que despertaria a cobiça dos jovens. Só prometeu.

Hyundai veloster

Aqui teve motor 1.6 de 128cv, o mesmo do Hyundai HB20. Talvez por isso recebeu o maldoso apelido de “Lentoster”. Saiu de linha 3 anos depois e nunca mais voltou.

Dodge Durango

A Chrysler ciscou o Brasil em 2013 ao lançar o Durango no mercado nacional. A marca americana ainda não tinha se juntado à Fiat. O carro é 4×4 com motor 3.6 V6 que desenvolve até 286cv de potência.

dodge durango

Com a fusão entre Fiat e Chrysler a Dodge perdeu importância no Brasil e já não era uma prioridade. Quem teve mais sorte por aqui foi o irmão Dodge Journey, que usava o mesmo motor e tinha também um gêmeo na Fiat, o Freemont.

Geely EC7 e Geely GC2

A Geely chegou ao país pelas mãos do Grupo Gandini, o mesmo que importa a Kia no Brasil. A aventura durou 2 anos. Não só o EC7 e o GC2 sumiram, mas a linha toda.

geely

A marca chinesa é dona da Volvo, mas no Brasil as pessoas sequer chegaram a conhecer. E o feito mais marcante da Geely em 2 anos de Brasil foi colocar uma pessoa fantasiada de urso panda no stand da marca no Salão do Automóvel para divulgar o seu modelo que era concorrente do Chery QQ. Usava motor 1.0 de 68cv.

Já o EC7 tinha motor 1.8 de 130cv.

geely

Volkswagen Eurovan

A Eurovan seria a evolução da Kombi no Brasil, mas não foi assim que a Volks tratou o modelo. Nos anos 90 a Kombi ainda estava no seu visual tradicional de sempre quando o governo brasileiro abriu as portas para os importadores de veículos.

Resultado: as coreanas Asia e Kia bombardearam o mercado com vans na mesma faixa de preço da Kombi, mas com acabamento de carro mais moderno. A Volkswagen então decidiu trazer a Eurovan. Só que ela chegou tarde (só em 98) e cara (muito acima das concorrentes coreanas).

eurovan

A Volks apostou que o público deste veículo optaria pelo produto mais caro considerando que tinha uma marca consolidada enquanto as coreanas eram vistas como um produto inferior (o mesmo preconceito que as chinesas sofrem atualmente). Ledo engano, o público preferiu o preço e ainda consolidou a marca Kia no mercado nacional. A Eurovan foi para o espaço.

Publicada originalmente em

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