Foi como uma avalanche. A Dacia resolveu radicalizar e trocar tudo: da logo à identidade visual de todo o seu catálogo. E assim, com carros de caras iguais, a montadora romena tenta entrar em um novo momento, que inclui também um limitador de velocidade para garantir mais segurança. A partir de 2023, nenhum carro da montadora passará de 180 km/h.
As mudanças, mostradas primeiramente na Duster, se estendem a toda a linha, incluindo Sandero, Spring (aqui Kwid) e Jodger, SUV de 7 lugares da marca romena que pertence à Renault.
A novo logo lembra a da DMC, mas sem a letra M. D e C são as consoantes do nome da montadora. A nova logo causou impacto, mas não chega a ser uma novidade. Foi a nona troca na história da empresa, em 56 anos de existência.
Planos para o Brasil
A Renault, que vinha utilizando no Brasil carros da romena Dacia, decidiu mudar seu foco. Ela deve trazer modelos franceses, como o Bigster e usar mais a plataforma CMF-B, muito mais moderna.
A plataforma CMF-B é utilizada pela Renault também em seus veículos híbridos e elétricos, o que já indica parte dos planos da marca no país. Esse ano a empresa pretende trazer o Kwid elétrico (importado) e isso mostra que a marca pode ser pioneira em produzir uma linha elétrica no país.
Para essa transformação a Renault anunciou que fez um investimento de R$ 1,1 bilhão em sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.
O novo motor que a Renault no Brasil será o 1.0 turbo, uma evolução do 1.0 SCE, que é utilizado atualmente no Clio europeu.
Nessa nova fase, a Renault cumpre o que vinha dizendo desde 2020, que alinharia os seus veículos nacionais ao que a marca produz nos países europeus, agregando mais valor aos produtos. Como consequência, vai poder cobrar mais pelos produtos.
A decisão de mudança da marca engloba também o cancelamento de novas gerações de Logan e Sandero no Brasil. Os dois carros são produtos da Dacia. Por enquanto, a radicalização feita pela romena não será sentida por aqui.