Quem decidiu que é hora de comprar um carro elétrico, a dica é comprar agora e não esperar a virada do ano. Isso porque a partir de janeiro de 2024 os modelos ficarão até 10% mais caros da noite para o dia, numa remarcação pura de preços, sem nenhuma vantagem a mais. Isso se deve à nova política de importação de elétricos e eletrificados, que cobrará até 35% de taxa, de forma escalonada até 2026.
A partir de janeiro, a carga de impostos aumentará tanto para carros totalmente elétricos quanto para modelos híbridos importados. Como praticamente todos os modelos à venda no país são de fora, a medida irá mexer com todo o mercado. Algumas montadoras, temendo uma queda nas vendas, já se anteciparam e disseram que vão repassar uma carga menor de impostos, diminuindo assim seus lucros. É o caso da Volvo, que disse que irá repassar uma carga de 5% no preço do EX30, modelo que está em pré-venda e que será entregue a partir de abril de 2024.
Aumento de impostos para elétricos: como vai ser?
A partir de janeiro de 2024, todo modelo elétrico receberá uma carga de impostos que incidirá no preço final. No caso dos puramente elétricos, a carga será de 10% já em janeiro, 18% a partir de julho de 2024, 25% em 2025 e 35% em 2026.
Na prática, um BYD Dolphin, que custa R$ 150 mil hoje, em janeiro passaria a custar R$ 165 mil, só com o repasse da carga de impostos. E o preço saltaria para mais de 200 mil em 2026. Só pelo aumento de impostos, é bom repetir.
A carga para os híbridos leves será de 12% em janeiro de 2024, 25% em julho de 2024, 30% em 2025 e 35% em 2026. Para os híbridos plug-in, a taxa subirá 12%, 20%, 28%, e 35%, nos mesmos períodos. Todos os modelos minimamente elétricos ficarão mais caros a partir de uma canetada. A isenção de impostos ocorria desde 2015.