Como é o plano de demissão da GM, que dá até carro a partir desta terça

Para enxugar a folha salarial, montadora vai dar um Onix LS 0km para quem concordar com demissão

A General Motors começa a dar até carro para quem pedir demissão de uma de suas fábricas em São Paulo a partir desta terça-feira (5/12). A medida vale para quem já completou 7 anos de trabalho na empresa, mas quem tem menos tempo de casa não deve sair de mãos abanando.

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O Plano de Demissão Voluntária foi aprovado na última sexta-feira (1/12) por trabalhadores da planta de São José dos Campos, onde 4 mil funcionários produzem os modelos S10 e Trailblazer. Pelo PDV discutido anteriormente com o sindicato de trabalhadores, a montadora se compromete a indenizar quem aderir com benefícios não previstos em demissões comuns.

A proposta vale para quem completou pelo menos um ano na empresa. Quem tem até seis anos de fábrica irá receber seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil.

Para quem tem sete anos ou mais trabalhando na planta de São José dos Campos, os benefícios são: cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil. O período de adesão, para os dois casos, vai de 5 a 12 de dezembro.

Montadora e sindicato local também acordaram que para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada. E que quem não aderir ao PDV terá estabilidade no emprego apenas até 3 de maio de 2024. É este ponto que faz muito trabalhador refletir se aceita o plano agora. Quem for demitido depois, recebe apenas os benefícios previstos em lei, como indenização de 40% do FGTS recolhido no período de carteira assinada.

A medida é uma forma de contornar as centenas de demissões que a montadora fez em outubro e que foram canceladas pela Justiça. A GM demitiu trabalhadores de três fábricas, muitos deles por telegrama. O Tribunal Regional do Trabalho aceitou o pedido do Sindicato dos Metalúgicos, que alegou que o acordo coletivo entre as partes foi quebrado, uma vez que a GM não negociou as demissões previamente.

Durante as negociações mediadas pelo TRT, a GM chegou a propor o PDV mas sem reintegrar os funcionários demitidos, o que não foi aceito pelo sindicato. Ao fim das negociações e de 17 dias de greve, a montadora cedeu, reintegrou 839 trabalhadores demitidos em São José dos Campos e abriu o plano de demissões.

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