Novo C3 chega em fevereiro e deve ser posicionado em uma faixa abaixo dos atuais SUVs compactos como Fiat Pulse e Nissan Kicks.
Esse ano a Citroën espera uma virada em sua situação no mercado nacional. Vai relançar o C3 no país com uma nova proposta e aliado ao C4 Cactus quer retomar uma posição entre as 10 marcas que mais vendem carros no Brasil.
A Citroën possui atualmente apenas um modelo de carro a venda no país: o C4 Cactus. O SUV compacto vendeu quase 20 mil unidades em 2021 e sozinho fez a Citroën ser a décima segunda marca no ranking de vendas do mercado brasileiro.
Com esse resultado, a Citroën vende hoje a metade do que a Caoa Chery vende. Por outro lado, superou a Ford, que não possui mais fábricas no Brasil desde o ano passado e está em queda livre no ranking de vendas.
Novos carros, novos executivos
A marca francesa acredita que a virada deve começar em fevereiro, quando lança no país o C3 com a proposta de um SUV super compacto. Significa que a marca quer pegar carona na paixão dos brasileiros por carros com características de SUV e ao mesmo tempo oferecê-los por um preço razoável.
O C3, por exemplo, deve ficar na faixa de preços do Argo Trekking, apostando em uma proposta semelhante, a de passar a impressão de ser um carro parrudo, “pau pra toda obra”. Só vai fugir, por enquanto, da proposta de ser um “aventureiro” como o Fiat. Também deve fugir do perfil do Renault Kwid, que apresenta acabamento frágil e ainda assim a marca tenta associar à um SUV.
O novo C3 já foi revelado em setembro e na Argentina já existem até alguns modelos expostos, mas ainda não sabemos qual motor o novo Citroën deve ofertar por aqui. Se o 1.6 que a Peugeot já equipa seus veículos fabricados em Porto Real, no interior do Rio de Janeiro, ou se o 1.0 que a Fiat equipa o Argo.
Mesmo que o carro chegue com o motor 1.6, é questão de tempo para que os motores Fiat cheguem ao modelo. Isso porque na fusão com a Fiat, o grupo decidiu que os motores Peugeot serão aposentados a curto prazo no país.
Os motores atuais da Fiat dominarão a linha dar marcas francesas e só deverão ser substituídos na próxima década por motores elétricos.
Novos carros, novos executivos
O C3 é o primeiro modelo entregue pelo projeto “C-Cubed” da Citroën, que prevê o lançamento de outros dois veículos que também estarão disponíveis em vários mercados emergentes, como Índia e Brasil.
Há um ano a Citroën faz parte da Stellantis, a fabricante que uniu Fiat e Peugeot. Na estruturação do novo grupo, as operações de todas as marcas do grupo na América Latina ficaram sob o guarda-chuva dos executivos que antes cuidavam apenas de Fiat e Jeep.
Com poucos meses de funcionamento da nova estrutura já se viu uma melhora nas vendas das marcas francesas Peugeot e Citroën.
Os carros destas marcas ganharam versões mais simples e mais baratas, mantendo as versões mais caras com mais acessórios. Uma prova que os franceses passaram anos no nosso mercado sem entender totalmente sobre o que o brasileiro queria ao buscar um carro novo.