Existem projetos na indústria automobilística que levam o comprador a se perguntar: quem disse que isso seria uma boa ideia? E não é apenas palpite, listamos abaixo cinco destas ideias que chegaram com pompa e acabaram virando um mico no mercado:
5 – Ford Ecosport Supercharger
O Ecosport foi um projeto bem sucedido da Ford no Brasil. Mas junto com as versões “normais” surgiu uma dessas “boas ideias”: o motor 1.0 supercharger, que chegou a equipar também o Fiesta.
O supercharger é um dispositivo acoplado ao motor de forma semelhante ao turbo. Só que o supercharger funciona como uma espécie de compressor de ar que é alimentado por uma corrente ligada ao motor, enquanto o turbo é alimentado pelo movimento dos gases descartados pelo motor.
Resultado final: o Ecosport 1.0 supercharger era mais lento que o motor 1.6 comum e gastava muito mais. Foi para as profundezas.
4 – Fiat com câmbio Dualogic
Marcas como Fiat e Chevrolet passaram os anos 2000 quebrando a cabeça para oferecer um câmbio automático de baixo custo. Chegaram ao câmbio automatizado, que é uma caixa convencional que passa marchas sozinha. Ele não tem o mesmo sistema e não pode ser considerada um câmbio automático.
A Fiat insistiu muito em sua ideia do câmbio “Dualogic”, que foi aposentado pouco tempo atrás já no Argo e no Cronos. O câmbio não é ruim a ponto de ser um problema, mas causa desconforto principalmente pelos trancos na troca de marcha.
3 – Effa M100
A China produz milhares de modelos de carros. Acharam que seria uma boa ideia trazer de lá o “Changhe Ideal” para ser o carro mais barato Brasil. O carro recebeu aqui o nome de M100 e até serve para rodar na cidade, em baixa velocidade. Mas na rodovia passa a ser um perigo e isso foi evidenciado por um teste feito pela Revista Quatro Rodas em 2009.
O carro não ofereceu condições de segurança e pela primeira vez na história a revista decidiu encerrar o teste antes da conclusão.
2 – Mercedes-Benz Classe A
O Classe A inaugurou a fábrica da Mercedes em Juiz de Fora, que tinha capacidade para produzir 70 mil veículos por ano.
Alguns chamam o Classe A de “falso Mercedes”. A marca queria ter um produto popular e agregar valor a ele pelo nome forte da marca. Foi a “boa ideia” que não deu certo. O modelo tinha cara de carro popular e preço de manutenção de Mercedes e isso definitivamente não era uma boa ideia. Em seis anos foram montados 63 mil Classe A.
1 – Ford com câmbio Powershift
O câmbio Powershift já é famoso na internet e nas mecânicas. Basta um Google rápido para descobrir tudo o que ele não faz. Assim como o supercharger, que já falamos acima, ele chegou no Ecosport como um câmbio automático moderno. Mas com o tempo esquentava, trepidava, engasgava.
Foi aposentado pela Ford, mas até hoje tem comprador brigando com esse câmbio por aí.