O risco de espionagem em um evento que reunirá líderes do governo chinês virou motivo para o distrito de Bedaihe, na China, proibir a circulação de veículos Tesla a partir do próximo mês.
A proibição vai até setembro e o caso foi revelado com exclusividade pela agência Reuters. O fundamento da proibição é que o governo chinês acusa a possiblidade dos veículos da empresa estadunidense serem utilizados como instrumentos de espionagem.
A desconfiança chinesa é que estes veículos, que são dotados de inúmeras câmeras, microfones e sensores, possam estar gravando e repassando esses dados para militares norte-americanos. Segundo a agência de notícias, os chineses já proibiram veículos Tesla de acessarem bases militares do país.
O evento chinês reunirá integrantes do Partido Comunista chinês e não tem datas divulgadas. Por isso a proibição de circulação dos Tesla durará 2 meses, porque as reuniões poderão acontecer em qualquer data dentro desta janela.
China é importante para a Tesla
A Tesla já se posicionou em comunicado assegurando que tudo o que é gravado por seus veículos fica armazenado no próprio veículo e não é compartilhado via internet. Esse armazenamento de informações, ainda segundo a marca, serve para melhorar a técnica de condução autônoma. Seria como se o carro estivesse aprendendo o tempo todo sobre os caminhos onde passa.
O mercado chinês é importante para a Tesla. A empresa é uma das poucas indústrias estrangeiras a ter uma fábrica própria na China, onde montou 936 mil carros no ano passado. Outras marcas estrangeiras produzem no país em associação com alguma marca chinesa. A Tesla produz o Model 3 e o Model Y na China.