País acaba de perder dois modelos do segmento e deverá recorrer à versão fabricada na China
Com o Cruze fora de linha no mundo todo, menos no Brasil e na Argentina, onde ele ainda é fabricado, a GM se mexe para manter o fôlego no segmento dos sedãs médios. Um primeiro passo já foi dado na China, onde o Chevrolet Monza voltou à cena, no ano passado. Agora, ele deve ganhar mercado. As especulações são de que o modelo deverá ser importado pelo México, um primeiro aceno ao mercado latino-americano.
Depois de perder o Cruze, que vinha dos EUA, o México acaba deve ficar sem outro sedã, o Cavalier, que parou de ser fabricado na China, justamente para abrir espaço para a nova linha do Monza.
México e China têm uma acordo comercial que elimina taxas de importação, muito parecido com o acordo que temos com a Argentina ou com o próprio México, facilitando as coisas.
Em agosto, um Monza camuflado foi fotografado nas ruas do México, sustentando a ideia de que a chegada está próxima. Diferentemente do Brasil, o segmento de sedãs médios é competitivo no México. O Chevrolet Monza deverá competir com Dodge Neon, Volkswagen Jetta, Nissan Sentra, Toyota Corolla e KIA Forte.
Esse Monza é uma atualização do antigo?
Mais ou menos. Para começar, o Monza chinês foi desenvolvido por meio de uma parceria entre GM e a chinesa SAIC, o que já o torna não exatamente uma continuação do primeiro, puramente americano, ou da versão que chegou ao Brasil, baseado no alemão Opel Ascona. Por outro lado, ocupa o mesmo segmento do antigo, o de sedã médio. Nos anos 80, veio posicionado entre o Chevette e o Opala, e depois, já nos anos 90, entre o Astra e o Ômega, sendo substituído, até certo ponto, pelo Vectra.
O Monza foi um grande sucesso no Brasil, emplacando um total de 857.810 veículos, e liderando as vendas no país por três anos: 1984, 1985 e 1986. Saiu de cena em 1996.
Comparando os tamanhos, o novo Monza é 14 centímetros mais comprido, 5 centímetros mais estreito e 14 centímetros mais alto do que o antigo.
Motorização
Na China, o Monza é vendido em três opções de motorização: 1.5 aspirado, de 111 cavalos, 1.0, de 123 cavalos, e 1.4 turbo, este último assistido por um sistema híbrido que desenvolve 160 cavalos. No país asiático ele é vendido tanto com transmissão manual, quanto pela automática de seis velocidades ou pela automática de dupla embreagem, também de seis velocidades.
Segundo a imprensa especializada mexicana, é mais provável que o veículo chegue por lá nas versões 1.5 aspirado e 1.0 turbo, e parta de até 380 mil pesos, o equivalente R$ 96 mil. Na China ele custa por volta de R$ 72 mil, na conversão livre. Aqui no Brasil, se um dia ele vier, certamente custará bem mais, por causa das famigeradas taxas de importação.