Quem tinha dinheiro e intenção mas não comprou o carro elétrico até o último dia útil de 2023, já vai pagar mais caro para fazer a transação. Desde este dia primeiro de janeiro de 2024, está em vigor a nova política de importação de elétricos e eletrificados. Com ela, da noite para o dia os elétricos ficaram 10% mais caros, e os eletrificados, 12%.
Quem deixar de comprar o modelo elétrico neste primeiro semestre, pagará ainda mais caro, já que a alíquota de impostos é progressiva, até chegar a 35% de taxa em 2026. Há, no entanto, cotas de veículos isentos.
Assim como com a carga de impostos, as cotas também serão escalonadas. Para os elétricos, a cota de isenção será de US$ 283 milhões até julho de 2024, de US$ 226 até julho de 2025 e de US$ 141 milhões até julho de 2026, deixando de existir a partir dali.
Na prática, um BYD Dolphin, que custava R$ 150 mil até 31 de dezembro, passa a custar R$ 165 mil, só com o repasse da carga de impostos. E o preço saltaria para mais de 200 mil em 2026, só pelo aumento de impostos. A BYD, no entanto, não anunciou ainda o repasse de preços e no site consta ainda o preço antigo, exatos R$ 149.800.
A carga para os híbridos leves será de 12% em janeiro de 2024, 25% em julho de 2024, 30% em 2025 e 35% em 2026. Para os híbridos plug-in, a taxa subirá 12%, 20%, 28%, e 35%, nos mesmos períodos. Todos os modelos minimamente elétricos ficaram mais caros a partir de uma canetada.
Até então, a importação de carros elétricos era isenta da mesma carga de impostos que era cobrada de veículos a combustão de fora do país. Com isso, os preços dos elétricos ao consumidor ficava competitivo no nosso mercado, e mais modelos eram lançados e vendidos. A BYD, por exemplo, havia acabado de anunciar a versão topo de linha do Dolphin para o Brasil.
Mostramos, recentemente, que as vendas de carros eletrificados mais que dobraram no Brasil, ainda que isso não tenha trazidos grandes impactos, ainda no nosso mercado. A preferência esmagadora, ainda é pelo carro flex. Mas era possível ver, mês a mês, ano a ano, que mais brasileiros se interessava e experimentava a compra de um carro elétrico.
O governo federal alega que precisa acelerar os investimentos na fabricação de elétricos no Brasil. Com a criação da taxa, o governo afirma que as empresas serão forçadas a fabricar modelos por aqui para escapar da taxação, gerando empregos em território nacional.