Números devem passar de 200 mil até o fim do ano. No mundo todo, mais de 3,6 milhões de veículos deixaram de ser fabricados.
A notável crise dos semicondutores ganhou números. Segundo o estudo do Boston Consulting Group, 3,6 milhões de automóveis e utilitários leves deixaram de ser produzidos no mundo todo por falta das peças. Só o Brasil deixou de fabricar 130 mil.
O estudo também fez projeções. A perda mundial pode chegar a 7 milhões de veículos, em uma linha mais pessimista. Na mais otimista, 5 milhões. O Brasil pode deixar de produzir 260 mil veículos.
Perda por regiões
Das perdas de produção do primeiro semestre, a região mais atingida foi a América do Norte, com 1,2 milhão de veículos produzidos a menos. Estados Unidos, Canadá e México vem sofrendo há meses com a falta de peças.
Depois da América do Norte, as regiões mais afetadas foram Europa (875 mil), China (770 mil), Japão + Coreia (476 mil) e Sul da Ásia (135 mil). A América do Sul deve perder 162 mil unidades, 80% delas no Brasil.
Até quando?
O estudo sugere que a escassez de semicondutores perdure até o começo do segundo trimestre de 2022. É uma data longe, mas já é uma data. Será a partir do quarto ou quinto mês de 2022 que devem começar a fazer feito as medidas tomadas pelas montadoras, sem que haja outros complicadores.
No fim de 2021, por exemplo, o Natal deverá estimular a produção de aparelhos eletrônicos, principal destino dos chips que não vão para os carros mundo afora.