Empresa possui o buscador mais usado na China e é uma gigante da tecnologia, porém até hoje não conseguiu emplacar no mundo ocidental.
Você já ouviu falar no Baidu? A gigante chinesa que faz planos para lançar um carro elétrico próprio já esteve no Brasil e ficou conhecida por uma estratégia estranha de marketing, ao embutir softwares de gosto duvidoso que abriam janelas aleatórias que pareciam que o computador estava em colapso.
O brasileiro não recebeu bem, mas a empresa possui ambições maiores que seu sistema de buscas e está avançando a passos largos na Ásia.
Segundo a Reuters, a Baidu está no páreo para construir um veículo elétrico inteligente próprio. Um relatório ao qual a agência teve acesso aponta que os chineses estão se reunindo com fabricantes de carros para o desenvolvimento do veículo em sociedade.
Os planos levam a crer que a Baidu já tenha uma plataforma em estudos e queira passar a frente de seus possíveis concorrentes: Google, Uber, Tencent e Amazon. O Baidu manteve conversações iniciais com as chinesas Geely, Guangzhou GAC e Faw sobre um possível empreendimento do tipo, afirmaram pessoas relacionadas com o assunto.
Baidu já opera táxi autônomo
Apesar dos planos para um veículo próprio, a chinesa já tem um programa de inteligência artificial para direção autônoma em desenvolvimento com algumas montadoras, entre elas a própria Geely, a Volkswagen, a Toyota e a Ford.
A empresa já opera um serviço de táxi autônomo chamado Go Robotaxi em Pequim, Changsha e Cangzhou (veja vídeo abaixo). Este serviço já opera trechos sem intervenção de motoristas e uma pessoa da empresa vai a bordo apenas como segurança caso aconteça alguma falha.
O Baidu planeja expandir o serviço para 30 cidades no mundo, ainda sem previsão de chegada ao Brasil, mas a novidade é que a empresa recebeu este mês a autorização para retirar os funcionários de segurança dos carros de Pequim.
Ao mesmo tempo que o Baidu avança com seus planos, observa no retrovisor a pressão para que os planos atinjam seu objetivo: a maior receita da empresa é o buscador de internet, que cresceu apenas 2% no ano passado.